Boa Nova
é a primeira cidade de minha vida.
Fui
batizado em Boa Nova no dia 2 de maio de 1943, com apenas oito dias de idade.
Os
nomes relacionados com sua história são nomes familiares para mim, Coelho,
Sampaio, Luz, Pereira, Oliveira, são todos nomes da minha parentela.
Depois
do dia em que fui batizado, fiquei muito tempo sem ir a Boa Nova. A vida foi me
levando para caminhos distantes de lá: Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso
do Sul e São Paulo novamente.
Mas em
agosto de 2006, Deus me concedeu a oportunidade de retornar a Boa Nova pela
primeira vez depois do dia do meu batismo. Foi uma grande emoção! Entrei na
Igreja em que fui batizado, certamente já bem diferente daquela de 1943. Igreja
vazia. Silêncio absoluto! Lá estava uma Bíblia aberta no Livro do Profeta
Jeremias, capítulo 30. Comecei a ler. Quando cheguei ao versículo três, tomei
um grande susto. Veja o que estava escrito: “Porque eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que mudarei a sorte do meu
povo de Israel e de Judá, diz o SENHOR; fá-los-ei voltar para a terra que dei a
seus pais, e a possuirão”.
Depois disso, tenho
visitado essa querida cidade outras vezes, entrado em contato com meus parentes
que residem lá, e estudado mais sobre sua origem. Descobri que Antonio Coelho
Sampaio foi quem construiu a primeira capela que deu origem à cidade de Boa
Nova. Continuando meus estudos em documentos antigos de meu avô Antonio Inácio
Pereira e minha avó Felipa Maria da Encarnação, descobri que no inventário de
minha bisavó Josefa Maria da Encarnação, mãe de minha avó Felipa e esposa de
Leonardo José da Luz, consta que ela recebeu parte das terras de Antonio Coelho
Sampaio, como herança.
Uma das dificuldades
que temos quando estudamos as genealogias dos nossos antepassados é que
antigamente as mulheres não recebiam os sobrenomes dos pais, todas tinham como
sobrenomes ou Maria da Encarnação ou Maria de Jesus.
Sendo assim, minha
conclusão é que provavelmente minha bisavó Josefa Maria da Encarnação era filha
de Antonio Coelho Sampaio, o fundador de Boa Nova, e que talvez eu tenha sido
batizado na capela que foi construída pelo meu trisavô Antonio Coelho Sampaio.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
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