domingo, 26 de maio de 2013

Bíblia, oração e humanidade.

Eu poderia dar a esta mensagem o título de "dois pastores que marcaram minha vida", mas resolvi dar o título acima.
No ano de 1963, com 20 anos de idade, comecei a frequentar a Igreja Batista em Perdizes, São Paulo, SP, onde me tornei membro através do batismo em 24 de novembro daquele ano.
Meus primeiros pastores foram Enéas Tognini e Alberto Blanco de Oliveira, o primeiro ainda está vivo em São Paulo com 99 anos de idade, o segundo já faleceu.
Os dois marcaram muito minha vida. Com o pastor Enéas Tognini, aprendi valorizar a Bíblia e a oração. Com o pastor Blanco, aprendi a assumir minha humanidade e a aceitar a humanidade dos outros.
Ainda estou longe da perfeição, mas com todas as minhas fraquezas e limitações, tenho me esforçado na leitura da Bíblia e na oração, e em assumir minha humanidade e aceitar a dos outros, ou seja, não ser hipócrita, não ser fariseu.
Certa ocasião falei com o pastor Enéas sobre uma experiência espiritual que tive. A resposta dele foi, "continue orando, continue buscando".
No ano de 1966, ano em que me casei, eu estava cursando o 2º Ano de Contabilidade na Escola Técnica de Comércio Dom Pedro II, uma escola que não existe mais. Fiquei reprovado em Inglês. Fiquei muito envergonhado. Não sabia como contar aquele fato para o pastor Blanco, porque ele sempre incentiva os jovens da Igreja a  apresentar o melhor de si no trabalho e nos estudos. Mas um dia, mui timidamente falei com ele na porta da Igreja, no final do culto, numa manhã de domingo:
- Pastor Blanco, fiquei reprovado em Inglês, repeti de ano!
Sabe qual foi a resposta dele?
- Você queria se casar e ainda passar de ano, tudo num ano só? Não acha que é muita coisa?
Aleluia! Que palavra confortadora! Tirou um peso das minhas costas.
Ó Deus, ajuda-me a valorizar a Bíblia e a oração como o pastor Enéas valoriza, e a mostrar minha humanidade e aceitar a dos outros com o pastor Blanco mostrava a dele e aceitava a dos outros!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

sábado, 18 de maio de 2013

O Anjo da Guarda.

O saudoso pastor Alberto Blanco de Oliveira, quando estava à frente da Igreja Batista em Perdizes, São Paulo, SP, na década de 1960, fez referência ao anjo da guarda em um de seus sermões num domingo pela manhã.
Uma senhora se levantou no auditório e disse que era crente batista há muitos anos e que inclusive tinha cursado teologia e que nunca tinha ouvido falar nesse tal de anjo da guarda, que isso era coisa da Igreja Católica.
O pastor Blanco, calmamente, lá do púlpito, respondeu:
- Se a irmã quiser dispensar o seu, dispense. O meu, eu não dispenso.
Fiquei pensando, será que há outras coisas boas na Bíblia que muitos crentes batistas antigos, que cursaram teologia, nunca ouviram falar?
Abraços a todos!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

Manifestações do Espírito Santo e Dons Espirituais.

 
 
Hoje, 18/05/2013, logo cedo, antes de ler qualquer coisa nos grupos de debates, surgiram na minha mente, quando pensava sobre manifestações do Espírito Santo e dons espirituais, os nomes de três escritores batistas da Convenção Batista Brasileira.
Sei que há muitos outros que talvez estejam afinados com eles nos temas mencionados acima, mas eu me refiro a eles porque tenho lido algumas coisas que eles escreveram sobre o assunto.
Ainda sem ler qualquer mensagem nos grupos de debates, desde as 22:00 horas de ontem, passo a escrever.
Os três escritores batistas que estão na minha mente  são: Israel Belo de Azevedo, Isaías Andrade Lins Filho e Zaqueu Moreira de Oliveira.
Pode ser que eu não seja digno de caminhar junto com esses queridos irmãos, mas como Rute colhia as espigas que caíam dos balaios dos empregados de Boaz, eu quero catar as espigas que caem dos balaios deles.
Eles falam com calma, com tranquilidade, com segurança, sobre os referidos assuntos.
Permitam-me, queridos irmãos, segui-los, mesmo que seja de longe!
Fraterno abraço!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Declaração de amor.

 
 
Há alguns irmãos que declaram de vez em quando que aprenderam a me amar, respeitar e admirar.
Tenho dificuldade de entender a declaração de amor desses queridos irmãos.
Eles sabem que passei pelo divórcio e que estou no segundo casamento.
Eles sabem que sou filiado a partido político, que já fui candidato diversas vezes e que pretendo ser candidato em 2014.
Mesmo sabendo de tudo isso, esses queridos irmãos não perdem uma oportunidade de postar nos grupos administrados por mim mensagens e vídeos contra o divórcio e o segundo casamento e contra pastor na política.
Que amor é esse?
Que respeito é esse?
Que admiração é essa!
Eu me sinto muito mais amado, admirado e respeitado pelo silêncio de uma grande multidão de amigos e irmãos em Cristo do que por esses irmãos que fazem tais declarações mas estão sempre mexendo nas minhas feridas.
Não se fala de corda em casa de enforcado.
Abraços a todos.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Mundo de hipocrisia.

 
Quando digo "mundo de hipocrisia", quero me referir especialmente ao nosso meio evangélico.
Desde ontem, 14/05/2013, estou com um pensamento em minha cabeça.
Relutei em escrever.
Mas como ele não vai embora, e é cada vez mais alimentado pelo que leio nos grupos, tenho que escrever.
Creio que foi Robson Cavalcante que escreveu certa ocasião que nós, os evangélicos, não temos uma ética social, temos uma ética sexual.
E é justamente nessa área que temos nossa maior hipocrisia.
Os judeus condenavam e puniam o pecado exterior.
Jesus veio e ensinou que o pecado está no coração, no interior da alma.
Não fiz pesquisa. Não tenho dados oficiais, mesmo porque a hipocrisia é tão grande que poucos responderiam com sinceridade tal pesquisa, mas imagino.
Onde imagino que mora a hipocrisia reinante no nosso meio?
Reside no fato de que aqueles que ainda não tiveram o seu pecado exteriorizado ou que exteriorizaram mas continua oculto, tripudiam sobre aqueles que tiveram a infelicidade de exteriozar o seu ou que não conseguiram mantê-lo oculto.
O sujeito está com o coração cheio de adultério e condena o irmão que  teve a infelicidade de exteriorizar o seu.
Está com o coração cheio de adultério e levanta a mão na assembléia da igreja para excluir seu irmão que teve o pecado exteriorizado.
O sujeito já está divorciado de fato de sua esposa, não liga mais para ela, não cuida dela, não é carinhoso com ela, solta galanteios para a mulher dos outros, mas simplesmente porque continua vivendo debaixo do mesmo teto acha que tem moral para condenar o irmão que teve a infelicidade de se divorciar legalmente.
Refiro-me especialmente aos homens porque creio que as mulheres são mais autênticas, muitas continuam debaixo do jugo de certos homens porque não encontram outra escolha.
Dito isto, que ninguém queira vir com a maiêutica socrática ou com sofismas para cima de mim.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

sábado, 11 de maio de 2013

Viagem a São Paulo.

 
Eu e Adriana estivemos em São Paulo hoje, sábado, 11/05/2013.
Lemos a Bíblia na Praça da Sé, onde contamos com a presença do Rev. Paulo Bronzeli, pastor presbiteriano, meu colega de turma na Faculdade Teológica Batista de São Paulo, de 1969 e 1972, ano de nossa formatura.
Depois, fomos almoçar com minha madrasta, Francisca Maria de Oliveira, e minha irmã Valdete Maria de Oliveira, no Bairro de Perdizes, em comemoração ao Dia das Mães que será amanhã.
Sobre a leitura da Bíblia, disse ao comandante do destacamento policial da Praça da Sé que eu morava em Tapiraí e estava ali para ler um capítulo da Bíblia e orar. Ele respondeu, "seja muito bem-vindo!"
Li, ao pé da estátua do Apóstolo Paulo,  o capítulo 5 da Carta aos Romanos, o Rev. Paulo Bronzeli orou, e ponto final.
Estou anexando algumas fotos dos eventos de hoje.
Abraços a todos.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.




 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Pastor Abel, Pastor Werner Kaschel e a Tradução da Bíblia.

Quando li a mensagem de hoje, 03/05/2013, do pastor Israel Belo de Azevedo, primeiros passos para uma vida plena, lembrei-me de uma história que meu irmão, pastor Abel Pereira de Oliveira, me contou, que passo a narrá-la com as minhas próprias palavras.
Pastor Werner Kaschel era nosso velho amigo. Fomos membros da mesma igreja por muito tempo, a Igreja Batista em Perdizes, São Paulo, SP. Além do mais, ele foi meu diretor e professor na Faculdade Teológica Batista de São Paulo.
Quando ele estava prestes a falecer, o pastor Abel foi fazer uma visita para ele no hospital.
Conversaram, recordaram algumas coisas, e finalmente chegou a hora de encerrar a visita com a leitura da Bíblia e a oração.
Pastor Abel abriu solenemente a Bíblia, na velha tradução de Almeida, e leu alguns versículos para o nosso querido mestre e amigo!
Quando terminou a leitura, pastor Werner começou a chorar e a dizer:
- Meu Deus, o que eu fiz de errado para mererecer isso? Investi tanto tempo de minha vida para fazer uma tradução da Bíblia numa linguagem atual, e agora quando estou quase morrendo vem esse homem ler para mim uma tradução de quase  400 anos atrás?
Pastor Abel me contou essa história com muita emoção.
Louvado seja Deus pela vida do nosso querido pastor e professor Werner Kaschel!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O rapaz, o skate e o cachorro.

Eu estava lendo a Bíblia na Praça da Rodoviária em Piedade, SP, e um rapazinho começou a correr e pular na minha frente com o seu skate.
Eu continuei lendo em voz alta no meu megafone, e falei em pensamento com o Senhor:
- Senhor, estou lendo a Tua Palavra, toma conta.
Não demorou muito, um cachorro saíu do meio da praça e avançou no rapazinho. Ele parou. Tentou novamente, e o cachorro tornou a avançar nele. Tornou a tentar, e o cachorro fez o mesmo. Ele pegou seu skatezinho e assentou-se no banco em minha frente junto com seu colega que já estava lá.
Eu continuei lendo até terminar o capítulo do dia.
Depois, fiquei pensando, como Deus faz tudo perfeito!
Tinha que usar mesmo um cachorro para impor respeito durante a leitura de Sua Bendita Palavra porque se usasse um ser humano ia dar confusão, polícia, boletim de ocorrências e muito falatório.
Louvado seja Deus por tudo!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.