Aproveito o dia do aniversário de Adriana, 29 de outubro, para
recordar um pouco da nossa história, minha e dela.
Eu tomei conhecimento do nome dela num grupo de debates
dirigido pelo irmão Vital Sousa no ano 2008.
Foi assim, o Pastor Wagner Antonio de Araújo postou uma
mensagem no grupo sobre um curso que iria oferecer.
Uma pessoa de nome Adriana Oliveira escreveu pedindo informação
sobre o referido curso.
A minha atenção foi despertada pelo nome e sobrenome dela.
Pensei, eu sou Adriano Oliveira, agora me aparece uma pessoa de nome Adriana
Oliveira! Vou ver quem é. Anotei o endereço de e-mail dela e a convidei para ser
minha amiga virtual no Orkut. Ela aceitou. Conversa vai, conversa vem, descobri
que era uma jovem solteira, crente batista, membro da Primeira Igreja Batista de
Piedade, SP.
Eu estava divorciado há 16 anos e pastoreava Igreja Batista de
Flórida Paulista, mais de 500 kms distante de Piedade. Mas a Providência Divina
cooperou conosco, e no dia 25 de abril de 2009, dia do meu aniversário, nos
casamos.
Ela era funcionária concursada do Município de Votorantim, SP,
estava numa posição previlegiada, exercendo um cargo de confiança. Deixou tudo.
Como havia a possibilidade de tirar uma licença não remunerada por três anos,
ela não pediu o desligamento imediato, mas estava decidida a pedi-lo no final
dos três anos.
Nosso plano era nos casarmos e irmos para Rondônia.
Eu tinha lido num livro de aconselhamento matrimonial que era
melhor para o novo casal não ir para o ambiente conhecido de um dos cônjuges e
desconhecido do outro, era melhor começar em um ambiente desconhecido de ambos
ou conhecido de ambos, para ficarem em pé de igualdade nos relacionamentos.
Gostei da idéia.
O pastor Joil Dias de Freitas, líder batista em Rondônia, tinha
nos indicado algumas igrejas naquele estado para visitarmos com vistas ao
pastorado.
Nosso plano era nos casarmos e viajarmos imediatamente para
Rondônia para visitarmos as referidas Igrejas. Mas à medida em que foi se
aproximando o dia do casamento, sentimos que não era ainda o tempo de irmos para
Rondônia.
Agradecemos a gentileza do Pastor Joil, e ficamos em Flórida
Paulista onde eu já estava há nove anos, um ambiente conhecido para mim e
desconhecido para ela. Onde ela foi muito bem recebida.
Em julho de 2010, creio que também pela Providência Divina,
deixamos o pastorado da Igreja Batista de Flórida Paulista. Ficamos na cidade
até o dia 31 de outubro daquele ano.
Recebmos três convites. Um para ser pastor titular de uma
Igreja Batista em uma cidade vizinha a Presidente Prudente. Outro para
participar de um pastorado colegiado em Belo Horizonte. E o terceiro para tomar
conta de uma Congregação da PIB de Piedade, de onde Adriana tinha
saído.
Não foi fácil tomar a decisão. Chegou um momento em que eu
disse ao Senhor, "Senhor, se Tu não me mostrares qual é a Tua vontade até
amanhã, eu vou reunir os pastores da cidade aqui em minha casa, vamos orar, e eu
vou fazer um sorteio, e iremos para o lugar que for sorteado".
Depois que falei assim com Deus, a coisa clareou. Lembrei-me de
que eu tinha dito ao Pastor Carlos Dias, da PIB de Piedade, que eu tinha receio
de pastorear uma Congregação porque eu sempre tinha sido pastor titular e tinha
medo de não conseguir ser suficientemente submisso para seguir as orientações do
pastor titular. Lembrei-me também da resposta dele:
"Pastor Adriano, Tapiraí é uma Congregação da PIB de Piedade,
mas lá o irmão vai ser o pastor titular, nós não vamos dar palpite, só iremos lá
se o irmão nos chamar. Outra coisa, sabemos que o irmão gosta de se envolver na
vida social e política da cidade, fique à vontade. Sabemos também que o irmão
tem o seu ministério na internet, tudo bem. Só queremos que o irmão more lá e
tome conta da Congregação. Não vamos cobrar resultados do irmão porque quem dá o
crescimento é Deus."
Pronto. Decisão tomada. Vamos para Tapiraí. Dia 1º de novembro
de 2010, eu e Adriana entramos no nosso Ford Corcel II, ano 1980, cedinho, e às
16:00 horas já estávamos em Piedade, sãos e salvos.
Na segunda-feira seguinte, a mudança chegou em Tapiraí, na casa
que já tínhamos alugado, e onde estamos até hoje.
Assim, que de acordo com a Providência Divina, quando chegou o
final dos três anos da licença não remunerada de Adriana, ela estava bem aqui,
pertinho de Votorantim. Oramos, pedimos a direção de Deus, e ela retornou ao seu
emprego.
Louvado seja Deus por tudo!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.