sábado, 13 de julho de 2013

Terceirização progressiva do trabalho das igrejas.

Quando começou a terceirização das responsabilidades das igrejas batistas brasileiras?
Todos sabemos que as igrejas primitivas doutrinavam seus membros em todas as áreas da vida cristã, preparavam e elegiam seus pastores dentre seus próprios membros, e realizavam a evangelização de casa em casa e nas ruas todos os dias.
As igrejas batistas procediam assim também antigamente.
Mas chegou um momento em que as igrejas reunidas decidiram que seria melhor terceirizar a preparação de pastores, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela. 
Em seguida, chegaram à conclusão de que deviam terceirizar também a evangelização de povos distantes, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela.
Mais tarde, alguns líderes acharam que as igrejas locais não estavam dando conta de cuidar bem dos casais da igreja, e que seria melhor criar instituições para cuidar só de casais, e sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim contribuiriam também para movimentar os negócios de transporte, turismo e hotelaria.
Não demorou muito, e alguns perceberam que as igrejas não estavam ensinando seus membros a evangelizar, e criaram  instituições para ensinar os crentes a evangelizar, e sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim criaram emprego para muitos professores de evangelismo, mesmo que seus alunos não pratiquem depois o que aprenderam com eles.
E por fim, aquela instituição que tinha sido criada para evangelizar os povos distantes, e que tinha criado um projeto chamado Trans para evangelizar os povos que viviam às margens da Rodovia Transamazônica, resolveu criar Trans por todos os lados, e pressionar as igrejas locais para que terceirizem também a evangelização dos seus vizinhos, dos moradores da rua da igreja, dos vizinhos dos crentes, para que sejam evangelizados por pessoas de outros lugares porque as igrejas locais mesmo tendo terceirizado a preparação de seus pastores, a preparação dos seus membros e a preparação dos seus casais, não estão dando conta de evangelizar a sua rua e o seu bairro, assim, é preciso que venham pessoas de outros lugares, pessoas que também, via de regra, não estão evangelizando os seus vizinhos, e que viajam para longe para evangelizar os vizinhos dos outros.
E com tudo isso, o que se ouve falar mesmo é de planos e mais planos, metas e mais metas, alvos e mais alvos, e que venham mais terceirizações!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

Terceirização progressiva das responsabilidades da igreja local.

Quando começou a terceirização das responsabilidades das igrejas batistas brasileiras?
 
Todos sabemos que as igrejas primitivas doutrinavam seus membros em todas as áreas da vida cristã, preparavam e elegiam seus pastores dentre seus próprios membros, e realizavam a evangelização de casa em casa e nas ruas todos os dias.
 
As igrejas batistas procediam assim também antigamente.
 
Mas chegou um momento em que as igrejas reunidas decidiram que seria melhor terceirizar a preparação de pastores, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela. 
 
Em seguida, chegaram à conclusão de que deviam terceirizar também a evangelização de povos distantes, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela.
 
Mais tarde, alguns líderes acharam que as igrejas locais não estavam dando conta de cuidar bem dos casais da igreja, e que seria melhor criar instituições para cuidar só de casais, e sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim contribuiriam também para movimentar os negócios de transporte, turismo e hotelaria.
 
Não demorou muito, e alguns perceberam que as igrejas não estavam ensinando seus membros a evangelizar, e criaram  instituições para ensinar os crentes a evangelizar, e sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim criaram emprego para muitos professores de evangelismo, mesmo que seus alunos não pratiquem depois o que aprenderam com eles.
 
E por fim, aquela instituição que tinha sido criada para evangelizar os povos distantes, e que tinha criado um projeto chamado Trans para evangelizar os povos que viviam às margens da Rodovia Transamazônica, resolveu criar Trans por todos os lados, e pressionar as igrejas locais para que terceirizem também a evangelização dos seus vizinhos, dos moradores da rua da igreja, dos vizinhos dos crentes, para que sejam evangelizados por pessoas de outros lugares porque as igrejas locais mesmo tendo terceirizado a preparação de seus pastores, a preparação dos seus membros e a preparação dos seus casais, não estão dando conta de evangelizar a sua rua e o seu bairro, assim, é preciso que venham pessoas de outros lugares, pessoas que também, via de regra, não estão evangelizando os seus vizinhos, e que viajam para longe para evangelizar os vizinhos dos outros.
 
E com tudo isso, o que se ouve falar mesmo é de planos e mais planos, metas e mais metas, alvos e mais alvos, e que venham mais terceirizações!
 
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Terceirização do Processo de Ordenação Pastoral.

Este assunto vem ocupando meus pensamentos faz muito tempo. Tenho que escrever para liberar minha mente. Estou falando sobre a terceirização do processo de ordenação pastoral, e não a terceirização do ato em si mesmo, e estou usando o termo ordenação, e não consagração,  porque é o mais agradável à alma católica dos evangélicos brasileiros. O termo consagração tem uma conotação subjetiva. O candidato pode ser objetivamente ordenado e não ser subjetivamente consagrado.
Os batistas adotam o princípio da autonomia da igreja local e a forma congregacional de governo, ou seja, governo da congregação.
É a igreja local que, através  da assembleia geral de seus membros, ordena seus pastores ou convida pastores já ordenados.
Originalmente, quando uma igreja queria ordenar alguém para o ministério pastoral, ela decidia em assembleia convocar um concílio de pastores para examinar o candidato, e em seguida, escrevia ou telefonava para os pastores para virem a seu templo em tal dia e horário para formar o concílio e examinar o candidato. No dia marcado, com a presença dos pastores convidados, o dirigente da igreja assumia a liderança, dava abertura na reunião, promovia a eleição da diretoria do concílio, e em seguida passava a direção para o presidente, que, via de regra, era o próprio pastor da igreja, fosse ele titular ou um interino convidado especialmente pela igreja para conduzir o processo. Quer dizer, a igreja local conduzia todo o processo.
Atualmente, muitas igrejas estão terceirizando parte do processo, estão abrindo mão do privilégio de elas mesmas convidarem os pastores das igrejas co-irmãs para virem a seu templo e formarem o concílio examinatório. Muitas igrejas estão passando esse privilégio ou para a Associação de Igrejas da Região ou para a Subseção da Ordem dos Pastores.
Vejo um perigo nisso. Esse comportamento pode se tornar uma jurisprudência, e alguém poderá entender que quem não terceirizar essa parte do processo de ordenação pastoral não está fazendo a coisa certa. Assim, quem continuar fazendo como se fazia origialmente será considerado errado, e quem está terceirizando pasará a ser o certo.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

terça-feira, 9 de julho de 2013

A Presidente Dilma e a Reforma Política.

Na minha opinião, a presidente Dilma está de fato querendo fazer a reforma política e outras reformas. Ela está apelando para o plebiscito porque sabe que os deputados e senadores não estão interessados em mudanças no processo eleitoral, nem para 2014, nem para ano nenhum. Quando a vejo falando sobre as reformas, lembro-me do presidente João Goulart em março de 1964. É a mesma emoção, é a mesma paixão. Ele também queria fazer as reformas, especialmente a agrária, mas sabia que os deputados e senadores não agiriam nessa direção senão sob pressão popular, pressão das ruas. Ele tentou pressionar, tentou levar o povo para a rua, mas foi derrubado do poder pelos militares com o apoio daqueles que tinham medo das reformas.
Há dois pontos na reforma política que assustam boa parte dos atuais deputados. O primeiro é o voto distrital. Se for implantado, muitos dos atuais deputados não se reelegerão porque foram eleitos com votos espalhados em diversas regiões dos seus estados, não possuindo uma base territorial para concorrerem por um distrito, entre eles estão os evangélicos e assemelhados. Todos eles preferem o sistema proporcional e não o distrital. O segundo ponto que assusta muitos deputados e quase toda a classe política é o financiamento público de campanha. O financiamento público de campanha seria benéfico para os novos, para os menos favorecidos financeiramente. Mas os atuais detentores de cargos eletivos já têm os seus financiadores, com os quais têm os seus compromissos, querem continuar assim. É aqui que entra o maior engodo. Os poderosos com a ajuda da mídia passam para o povo, para a opinião pública,  a ideia de que o financiamento público de campanha é um mal. Usam o povo incauto para defender os seus interesses. O financiamento particular de campanha é a maior fonte de corrupção, é o maior mal do nosso sistema eleitoral, mas os que lucram com ele convencem o povo de que é o contrário. Então o povo passa a defender o interesse dos poderosos pensando que está defendendo o seu próprio interesse. Este é um perigo que corre também o plebiscito, mas mesmo sabendo disso, creio na sinceridade da presidente Dilma ao querer convocar o plebiscito para fazer a reforma política.
A alegação de muitos deputados e senadores é de que não há templo hábil para fazer o plebiscito e aplicar suas decisões nas eleições de 2014. Se é assim, e se eles querem de fato as reformas, por que não as fazem, sem o plebiscito? Eles sim, têm condições de fazerem as reformas políticas em tempo hábil para que sejam aplicadas nas eleições de 2014.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Corrupto com ficha lima, ou com ficha suja?


A visão que tenho de mim mesmo e de toda a raça humana é que todos somos corruptos.
E entendo que é  isto que está escrito na Bíblia: Todos pecaram, não há um justo sequer.
A diferença é que há corruptos com ficha limpa e corruptos com ficha suja.
Há corruptos que por sua força de vontade e com a graça de Deus conseguem dominar sua corrupção.
E há corruptos também que embora não conseguindo dominar sua corrupção, conseguem manter sua ficha limpa com artifícios diversos.
Todos nós toleramos pequenas corrupções quando são praticadas por nós ou em nosso favor.
Estou me lembrando de duas cenas que presenciei.
A primeira foi quando, em determinada localidade do Brasil, ouvi um vereador dizer para algumas pessoas que conseguia marcar consultas e cirurgias no SUS para muita gente porque era amigo do diretor regional e que telefonava diretamente para ele, e que de vez em quando levava um presentinho para os funcionários. Tudo tem um preço, disse ele. Não é de graça.
Certamente, as pessoas que eram beneficiadas pelo eficiente trabalho daquele dinâmico vereador estavam gostando muito, e nunca iriam dizer que ele estava praticando uma forma de corrupção.
A segunda, presenciei, quando estava no saguão de um hospital, e vi e ouvi um cidadão conversando com os parentes de uma senhora que estava sendo internada, e dizia o seguinte: Fiquem tranquilos, eu sou muito amigo do diretor, e já telefonei para ele, e ele me disse que vai pedir aos médicos para cuidar muito bem dela.
Certamente, os familiares daquela senhora ficaram muito alegres, e agradecidos a aquele prestativo cidadão.
Mas eu fiquei pensando, e perguntando a mim mesmo, e como será o tratamento de quem não tem um amigo que é amigo diretor?
Não quero acusar ninguém, escrevi os fatos acima para demonstrar que somos todos corruptos, e que fazemos vistas grossas quando a corrupção é praticada por nós ou em nosso favor.
 
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.