segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Contribuição para o resgate de uma bela hitória.



Sei que há pessoas que devem saber muito mais do que eu sobre a história da Educação Teológica em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Quando cheguei lá em 1973, havia dois grandes líderes entre os batistas, Jonathan de Oliveira e Williams Balaniuc, pessoas que amo e respeito.

Mas quero escrever resumidamente, sem anotações, o que guardo em minha mente sobre o assunto.

A primeira notícia que li sobre a Educação Teológica no Mato Grosso se encontra num Livro de Atas da Primeira Igreja Batista de Ponta Porã, MS, onde está escrito que na década de 1940 funcionou nas dependências daquela Igreja um curso teológico ligado ao Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil e coordenado pelo Missionário John Riffey.

O curso era oferecido de maneira intensiva, em regime de internato, o qual era dirigido pelo pastor Valdir Vilarinho e sua esposa Candinha.

Entre os alunos daquele curso estava o índio Adriano Ferreira que foi pastor por muito tempo na região de Corumbá.

Infelizmente, um dos Livros de Atas daquela Igreja daquela década estava desaparecido quando lá estive como pastor entre 1973 e 1987. Não sei se já foi encontrado.

A segunda notícia que tenho sobre a Educação Teológica no Mato Grosso é sobre o Instituto Teológico Batista do Oeste que funcionou em Campo Grande nas décadas de 1950 e 1960 onde se destacou como diretor o baiano Gutenberg Rodrigues Silva.

Em seguida, começou a funcionar um Instituto de Férias nas dependências do Colégio Osvaldo Cruz em Dourados, o qual foi o ponto de partida para a criação do Instituto Teológico Batista Ana Wollerman no ano de 1974.

Quero aqui lembrar que o homem forte que esteve ao lado da Missionária Ana Wollerman naquele momento inicial da história e que foi o responsável pela administração da instituição e construção de quase todos os edifícios tanto do Instituto como do Seminário Ana Wollerman foi o pastor Williams Balaniuc, que foi auxiliado e depois sucedido pelo professor Ivan Araújo Brandão, que deu continuidade ao período de expansão patrimonial. Somente a Capela e a Biblioteca não foram construídas por eles, as quais foram construídas na gestão do escritor destas linhas.

Em 11 de outubro de 1977 foi criado o estado do Mato Grosso do Sul, tendo Campo Grande como capital, mas a Convenção Batista do Mato Grosso, que já tinha sua sede em Campo Grande, continuou uma só para os dois estados até 1979 quando em uma assembleia em Cáceres foi criada a Convenção Batista Centro América, com sede em Cuiabá, para congregar as igrejas batistas do Mato Grosso, ficando o novo estado com velha Convenção.

Foi naquela assembleia em Cáceres que foi criada a Faculdade Teológica Batista do Oeste do Brasil, com sede em Campo Grande, cujo nome foi escolhido através de pesquisa para resgatar a história do antigo Instituto Teológico Batista do Oeste.

O relator do Grupo de Trabalho que criou a FTBOB foi o autor destas linhas que tinha em mente uma instituição semelhante à Faculdade Teológica Batista de São Paulo, de onde procedia, com uma estrutura leve, de baixo custo, com curso noturno, diferentemente do pensamento de muitos que procediam do Seminário Teológico Batista Sul Brasil que tinha uma estrutura pesada com sistema de internato.

O diretor do Grupo de Trabalho foi eleito naquela assembleia em Cáceres para ser o primeiro diretor da FTBOB, o qual fez todos os preparativos para o início das aulas.

Entre os projetos apresentados pelo diretor ao Conselho Administrativo estava o Projeto Sunamita que consistia em sugerir aos crentes batistas residentes em Campo Grande que construíssem em suas casas um quartinho para o homem de Deus, o seminarista, no qual deveria ter uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro (uma lâmpada), plano esse que não teve a devida consideração do Conselho Administrativo.

Finalmente, a disputa entre o sul e o centro, entre Dourados e Campo Grande, levou o diretor a renunciar, mas não fez com que ele perdesse o amor pela educação teológica no Mato Grosso do Sul.

E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus.
Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro, e ali lhe ponhamos uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se recolherá.
2 Reis 4:9-10

Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

domingo, 22 de dezembro de 2013

sábado, 21 de dezembro de 2013

Educação Teológica no Mato Grosso do Sul.

Nossa viagem a Dourados para participar do Culto em Memória da Missionária Ana Wollerman dia 13 de dezembro de 2013 foi muito proveitosa.
Tivemos oportunidade de rever grandes amigos e companheiros na obra de educação teológica no Mato Grosso do Sul.
Entre eles, o professor Ivan Araújo Brandão, atual presidente da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense, que, sem sombra de dúvida, exerceu um papel muito importante na educação teológica em terras sul-mato-grossenses.
Na década de 1970, recém chegado do Rio de Janeiro, onde tinha concluído os cursos de Pedagogia e Teologia, tendo inclusive trabalhado com o famoso educador batista José Luciano Lopes, de quem é grande admirador, o  professor Ivan se envolveu de corpo e alma na obra educacional batista. Foi professor e reitor no Seminário Ana Wollerman, em Dourados. Nesse mesmo tempo, assumiu a presidência da antiga Junta de Educação Teológica do Mato Grosso, antes da criação do estado do Mato Grosso do Sul, e tomou a iniciativa de nomear o grupo de trabalho que criou a Faculdade Teológica Batista do Oeste do Brasil, com séde em Campo Grande, cujo relator foi o escritor destas linhas.
Dito isto, creio que a providência divina colocou o professor Ivan Araújo Brandão na presidência da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense no presente momento para ajudar a encontrar novos caminhos para a educação teológica no Mato Grosso do Sul.
O que vi e senti em Dourados me deixou com muita esperança. O que parece um fracasso pode vir a ser a semente de um grande sucesso. A Faculdade Teológica Batista Ana Wollerman está pedindo o descredenciamento do MEC. Quer voltar à simplicidade e espiritualidade do passado. Quer de fato honrar à memória da Missionária Ana Wollerman que com muita relutância aceitou que o nome dela fosse colocado na instituição porque ela não tinha filhos, nem sobrinhos, nem parente algum para continuar carregando o nome Wollerman.
Os ex-alunos e alunos com quem tive contato estão com essa mesma esperança. Então, o momento é agora. É hora de unir as forças para que o Mato Grosso do Sul volte aos trilhos na obra de educação teológica.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Calespo.

O que é o Calespo?
Calespo é o grupo dos descendentes de Leonardo José da Luz e Josefa Maria da Encarnação e seus filhos Antonio José da Luz, João José da Luz, Alexandrina Maria da Encarnação, Silvéria Maria da Encarnação, Felipa Maria da Encarnação e Gina Maria da Encarnação.
Alexandrina Maria da Encarnação foi esposa de João Elias Sampaio.
Silvéria Maria da Encarnação foi esposa de José Manoel de Oliveira.
Felipa Maria da Encarnação foi esposa de Antonio Inácio Pereira, filho de Vitório Inácio Pereira e Escolástica Ferreira Campos (uma índia).
Gina Maria da Encarnação foi esposa de Marcos Pereira.
Todas essas pessoas viveram e morreram na região de Jequié, Manoel Vitorino e Boa Nova, Bahia, onde vivem ainda muitos dos seus descendentes, mas os outros, a maioria, está espalhada por diversos estados do Brasil, e alguns estão nos Estados Unidos e na Inglaterra.
Calespo é a junção das letras iniciais de Campos, Luz, Elias, Sampaio, Pereira e Oliveira, que são descendentes de Leonardo José da Luz e Josefa Maria da Encarnação.
O grupo CALESPO foi criado por Adriano Pereira de Oliveiira, filho de Casimiro José de Oliveira e Vitória Maria da Encarnação, neto de Antonio Inácio Pereira e Felipa Maria da Encarnação, e de Brígido José de Oliveira e Jovenalina Ferreira Campos, bisneto de Vitório Inácio Pereira e Escolástica Ferreira Campos, e de José Manoel de Oliveira e Silvéria Maria da Encarnação, e trisneto de Leonardo José da Luz e Josefa Maria da Encarnação.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Menorial Ana Wollerman.

A Missionária Ana Wollerman, com um punhado de terra na mão, ora a Deus dedicando o terreno onde seriam construídos os diversos prédios do Seminário Teológico Batista Ana Wollerman em Dourados, MS.
O jovem de camisa listrada que está ao lado dela é o pastor Adriano Pereira de Oliveira.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Café com farinha.


Hoje, como sempre, depois da leitura da Bíblia na Rua, cheguei em casa e preparei o meu café na minha cafeteira elétrica.
Quando a locomotiva começou a fazer barulho, percebi que não havia pão. Pensei, não vou sair para comprar pão. Vou tomar café com farinha. Depois vi que era farofa. Farofa gostosa que Adriana comprou e colocou numa vasilha de plástico. Um gole de café e uma colherada de farofa, mais um gole de café e mais uma colherada de farofa, e assim foi, até que não quis mais. Que delícia! Que coisa gostosa! Quantas lembranças do meu tempo de criança!
Depois vieram outras lembranças. Lembranças dos meus tempos de crente novo há 50 anos quando ouvia os discursos dos executivos de missões falando da infelicidade do povo do sertão. Como eu ficava irritado quando ouvia aqueles discursos descrevendo o povo do sertão, o povo da roça, como sendo um povo infeliz porque não tinha o conforto da cidade. Diga-se de passagem que até hoje ainda me sinto desconfortável quando escuto alguém que não entende nada de roça, nada  de sertão, nada do sentimento do povo do sertão, querendo transferir sua infelicidade para o povo feliz do sertão. O motivo do discurso é correto, quer comover o povo da cidade a dar ofertas para sustentar a obra missionária no interior do país. Mas o que está errado é a imagem falsa que passa do povo sertão para conseguir o intento. Eu me sentia muito mal ouvindo aqueles discursos descrevendo o meu povo, a minha gente, como se fosse um povo infeliz. Eu me sentia humilhado e triste. Mas, verdade é que ao mesmo tempo ficava com vontade de ser missionário e voltar para o meu sertão.
O pensamento veio mais para perto, e lembrei-me de uma mensagem do Ruben Alves no Congresso Brasileiro de Teologia, no Seminário Metodista, em Rudge Ramos, São Paulo, há cerca de 30 anos, quando ele disse que não comemos a coisa, mas a ideia que temos da coisa. Pensei, o meu café com farinha é só meu, é o meu café com farinha que eu tomava quando era menino no interior da Bahia. Eu não estou tomando qualquer café com farinha, eu estou tomando o meu café com farinha, a minha ideia de café com farinha.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Recordando uma linda história!

Aproveito o dia do aniversário de Adriana, 29 de outubro, para recordar um pouco da nossa história, minha e dela.
Eu tomei conhecimento do nome dela num grupo de debates dirigido pelo irmão Vital Sousa no ano 2008.
Foi assim, o Pastor Wagner Antonio de Araújo postou uma mensagem no grupo sobre um curso que iria oferecer.
Uma pessoa de nome Adriana Oliveira escreveu pedindo informação sobre o referido curso.
A minha atenção foi despertada pelo nome e sobrenome dela. Pensei, eu sou Adriano Oliveira, agora me aparece uma pessoa de nome Adriana Oliveira! Vou ver quem é. Anotei o endereço de e-mail dela e a convidei para ser minha amiga virtual no Orkut. Ela aceitou. Conversa vai, conversa vem, descobri que era uma jovem solteira, crente batista, membro da Primeira Igreja Batista de Piedade, SP.
Eu estava divorciado há 16 anos e pastoreava Igreja Batista de Flórida Paulista, mais de 500 kms distante de Piedade. Mas a Providência Divina cooperou conosco, e no dia 25 de abril de 2009, dia do meu aniversário, nos casamos.
Ela era funcionária concursada do Município de Votorantim, SP, estava numa posição previlegiada, exercendo um cargo de confiança. Deixou tudo. Como havia a possibilidade de tirar uma licença não remunerada por três anos, ela não pediu o desligamento imediato, mas estava decidida a pedi-lo no final dos três anos.
Nosso plano era nos casarmos e irmos para Rondônia.
Eu tinha lido num livro de aconselhamento matrimonial que era melhor para o novo casal não ir para o ambiente conhecido de um dos cônjuges e desconhecido do outro, era melhor começar em um ambiente desconhecido de ambos ou conhecido de ambos, para ficarem em pé de igualdade nos relacionamentos. Gostei da idéia.
O pastor Joil Dias de Freitas, líder batista em Rondônia, tinha nos indicado algumas igrejas naquele estado para visitarmos com vistas ao pastorado.
Nosso plano era nos casarmos e viajarmos imediatamente para Rondônia para visitarmos as referidas Igrejas. Mas à medida em que foi se aproximando o dia do casamento, sentimos que não era ainda o tempo de irmos para Rondônia.
Agradecemos a gentileza do Pastor Joil, e ficamos em Flórida Paulista onde eu já estava há nove anos, um ambiente conhecido para mim e desconhecido para ela. Onde ela foi muito bem recebida.
Em julho de 2010, creio que também pela Providência Divina, deixamos o pastorado da Igreja Batista de Flórida Paulista. Ficamos na cidade até o dia 31 de outubro daquele ano.
Recebmos três convites. Um para ser pastor titular de uma Igreja Batista em uma cidade vizinha a Presidente Prudente. Outro para participar de um pastorado colegiado em Belo Horizonte. E o terceiro para tomar conta de uma Congregação da PIB de Piedade, de onde Adriana tinha saído.
Não foi fácil tomar a decisão. Chegou um momento em que eu disse ao Senhor, "Senhor, se Tu não me mostrares qual é a Tua vontade até amanhã, eu vou reunir os pastores da cidade aqui em minha casa, vamos orar, e eu vou fazer um sorteio, e iremos para o lugar que for sorteado".
Depois que falei assim com Deus, a coisa clareou. Lembrei-me de que eu tinha dito ao Pastor Carlos Dias, da PIB de Piedade, que eu tinha receio de pastorear uma Congregação porque eu sempre tinha sido pastor titular e tinha medo de não conseguir ser suficientemente submisso para seguir as orientações do pastor titular. Lembrei-me também da resposta dele:
"Pastor Adriano, Tapiraí é uma Congregação da PIB de Piedade, mas lá o irmão vai ser o pastor titular, nós não vamos dar palpite, só iremos lá se o irmão nos chamar. Outra coisa, sabemos que o irmão gosta de se envolver na vida social e política da cidade, fique à vontade. Sabemos também que o irmão tem o seu ministério na internet, tudo bem. Só queremos que o irmão more lá e tome conta da Congregação. Não vamos cobrar resultados do irmão porque quem dá o crescimento é Deus."
Pronto. Decisão tomada. Vamos para Tapiraí. Dia 1º de novembro de 2010, eu e Adriana entramos no nosso Ford Corcel II, ano 1980, cedinho, e às 16:00 horas já estávamos em Piedade, sãos e salvos.
Na segunda-feira seguinte, a mudança chegou em Tapiraí, na casa que já tínhamos alugado, e onde estamos até hoje.
Assim, que de acordo com a Providência Divina, quando chegou o final dos três anos da licença não remunerada de Adriana, ela estava bem aqui, pertinho de Votorantim. Oramos, pedimos a direção de Deus, e ela retornou ao seu emprego.
Louvado seja Deus por tudo!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Missionária Ana Wollerman.


Hoje, 18/10/2013, recebi um gentil telefonema da Missionária Esther Ergas convidando-me para o culto de inauguração do monumento dedicado à memória da Missionária Ana Wollerman, com data prevista para 13 de dezembro deste ano na cidade de Dourados, MS.


A irmã Esther Ergas era uma amiga inseparável da Missionária Ana Wollerman.


Desde o falecimento da Missionária Ana Wollerman em 18 de fevereiro de 2008, nos Estados Unidos da América do Norte, a irmã Esther Ergas e o irmão Gete Otano da Rosa, filho na fé da falecida, vinham lutando para trazer as cinzas do corpo daquela querida missionária para o Brasil e depositá-las em um memorial.


As cinzas já estão no Brasil, e com o apoio do pastor e vereador de Dourados, Sergio Nogueira, o monumento deverá ser inaugurado na data mencionada acima.


Farei o possível para estar em Dourados naquela data, se Deus permitir.


Louvado seja Deus por tudo!


Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O presidente da Convenção estava lá também.

Carlos, filho do missionário norte-americano, Pastor Paulo Stouffer, era um jovem muito bem humorado.
Certa ocasião, quando eu era pastor em Ponta Porã, MS, o Pastor Paulo Stouffer, levando um grupo de jovens de Campo Grande para realizar um trabalho evangelístico no Paraguay, passou em minha casa. Carlos estava junto. Eu acompanhei o grupo até o Consulado do Paraguay em Ponta Porã para providenciar a documentação. Foi tudo muito simples para os brasileiros, inclusive para o Carlos que também era brasileiro. Mas quando chegou a vez do Pastor Paulo Stouffer, já não foi tão simples porque ele não era brasileiro. Carlos olhou para ele e, em tom de brincadeira, disse:
- Se você fosse brasileiro seria tudo mais fácil!
Ano 1982, Campo Grande, MS, fim do regime militar, a campanha para a primeira eleição direta para governador do estado está nas ruas. Dr. Wilson Barbosa Martins, do PMDB, é o candidato favorito. Num domingo à noite, o Pastor Paulo Stouffer percebe que Carlos não está presente no culto na Igreja Batista, da qual ele era membro. Em casa, depois do culto acontece o seguinte diálogo entre o pai e o filho:
- Carlos, meu filho, eu não vi você no culto esta noite.
- Eu estava no comício do PMDB.
- Você acha que é certo um crente deixar de ir ao culto para ir a um comício?
- O presidente da Convenção estava lá também.
Assunto encerrado. O presidente da Convenção Batista Sul-mato-grossense era o pastor Adriano Pereira de Oliveira que era candidato a deputado estadual pelo PMDB naquele ano, e tinha ido de Ponta Porã até Campo Grande para participar daquele grande comício.
Carlos, meu amigo, onde está você? No próximo ano, serei candidato a deputado estadual novamente, se Deus permitir. Desta vez, será em São Paulo.
Fraterno abraço!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Informando aos amigos.

Informo a todos que pretendo ser candidato a deputado estadual em São Paulo em 2014.
Será minha nona candidatura, se Deus permitir.
Já fui candidato a vereador cinco vezes, cada vez em um município diferente, no Mato Grosso do Sul e em São Paulo.
Já fui candidato a deputado estadual duas vezes no Mato Grosso do Sul.
Já fui candidato a deputado federal uma vez em São Paulo.
Sei que os amigos de qualquer lugar do Brasil e do mundo poderão me ajudar, se quiserem, porque quase todos, ou todos, quem sabe,  têm um parente ou amigo em São Paulo, para quem poderão pedir o voto para mim, e todos poderão orar por mim independentemente do lugar onde estiverem.
Só pediria o seguinte, se alguém está pensando em dizer que é contra o pastor na política, por favor, não diga, eu já sei, muitos já me disseram isto.
Se alguém está pensando em dizer que todo mundo que entra para a política se corrompe, por favor, não diga, eu não corro esse risco porque já sou corrupto por natureza.
Muito obrigado!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Meu primeiro dia em São Paulo.

Nasci no município de Jequié, Bahia, no dia 25 de abril de 1943. Meu sonho desde criança era vir para São Paulo. Com sete anos de idade fui levado por meu pai juntamente com minha madrasta e meus irmãos para as matas da região do Contestado, onde hoje é o norte do Espírito Santo. Com 16 anos de idade vim para São Paulo sozinho. A viagem foi emocionante, uma mistura de curiosidade e medo.
Meu primeiro dia em São Paulo foi 21 de julho de 1959. Desembarquei do trem na Estação do Norte, no Brás, e fui para a casa do senhor Manoel Alves Aranha, irmão de Zózimo Alves Aranha, que morava no mesmo endereço, Rua Izanga, 19, Freguesia do Ó. Fui para lá porque o Zózimo, a quem conheci em Itamira, ES, tinha me dado o endereço. Louvo a Deus por ter me levado até aquela casa onde dormi minha primeira noite em São Paulo. Mas não me esqueço de uma frase, nada animadora, dita pelo dono da casa:  "Meu filho, São Paulo é terra onde filho chora e pai não vê."
No dia seguinte, fui para a casa de um tio que eu não conhecia, e no dia 1º de agosto, dez dias depois de chegar em São Paulo, comecei a trabalhar como office-boy numa multinacional alemã.

Daí para frente, foi só trabalho e estudo. Muitas coisas aconteceram em minha vida. Morei em muitos lugares. Conheci muita gente. Tive alegrias e tristezas. Fui para outros lugares e voltei para São Paulo duas vezes.
Tive oportunidade de concluir quatro cursos superiores, Teologia, Filosofia, Pedagogia e Direito. Casei, gerei filhos, e já tenho oito netos.

Hoje, 54 anos depois do meu primeiro dia em São Paulo, aos 70 anos de idade, aposentado, continuo atuando como Pastor Batista, e disponível para fazer aquilo que Deus permitir.

Louvado seja Deus por tudo!

Obrigado, São Paulo!

Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

www.memoriasdoadriano.blogspot.com.br

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Cabeça, fato e mocotó.

Hoje, amanheci pensando nestas três palavras, cabeça, fato e mocotó.
Estava lembrando do tempo em que eu e meu irmão Abel éramos meninos lá no norte do Espírito Santo.
Nós éramos procurados por aqueles que compravam ou vendiam animais vivos, geralmente porcos ou bois.
As pessoas pesavam os referidos animais e depois vinham nos procurar para fazer as contas.
Elas diziam:
- Deu tantos quilos, faz a conta aí descontando vinte por cento de cabeça, fato e mocotó para ver quanto dá.
Nós fazíamos as contas, descontando os vinte por cento de cabeça, fato e mocotó, e depois dividíamos por 15 para ver quantas arrobas davam, e em seguida multiplicávamos pelo valor da arroba em cruzeiro para ver quanto o comprador tinha que pagar.
A mesma coisa acontecia quando alguém pegava uma roça para capinar, uma manga para roçar ou uma mata para derrubar.
Elas diziam:
- Deu tantas braças de frente, tantas braças de fundo, tantas braças dos lados, cuba aí para ver quantas tarefas dá, e depois faz as contas para ver quantos cruzeiros dá.
Nós já sabíamos que uma tarefa era 30 X 30 braças, era fácil fazer as contas.
Nós éramos os especialistas, os técnicos, os sabidos daquela região.
Recordações dos tempos que não voltam mais.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A morte é uma realidade inevitável.

A morte é uma realidade inevitável, mas podemos escolher se queremos morrer com a ajuda dos médicos e remédios ou sem a ajuda deles.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Quem deve ouvir o clamor das ruas?

Os políticos devem ouvir o clamor das ruas porque são eleitos pelo voto popular, mas os juízes e os promotores de justiça não devem ouvir o clamor das ruas, mas sim o clamor da lei, é por isso que eles são nomeados através de concursos públicos para não se deixarem influenciar pelo clamor das ruas ou por outro clamor qualquer. Pilatos ouviu o clamor das ruas e crucificou Jesus.


Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Deus dirige a História.

Creio que Deus dirige a História.

Creio que Deus de vez em quando traz juízo sobre o seu povo, usando sistemas políticos para isso, como aconteceu com Israel e Judá em relação a Assíria e Babilônia.

Creio que o que está acontecendo no Brasil e em algumas outras nações pode ser entendido assim.

Creio que o povo de Deus deixou de seguir os ensinos de Jesus no sentido de dividir os bens materiais por amor.

Creio que por isso Deus está permitindo que sistemas políticos realizem aquilo que devia ter sido feito voluntariamente pelas igrejas, pelo povo de Deus.

Creio que a Bíblia ensina que devemos sempre honrar e respeitar as autoridades constituídas.

Creio também que o descalabro moral e antibíblico que estamos vendo nos últimos tempos não é responsabilidade particular de nenhum partido político, mas de um sistema mundial dirigido pelo espírito do Anticristo.

Creio que querer culpar esse ou aquele partido político em particular pelo descalabro moral é pura ingenuidade.

Creio que a Bíblia ensina que a natureza humana é depravada.

Creio que cabe ao povo de Deus vigiar, orar e participar, pois somos sal da terra e luz do mundo.

Creio que cabe também ao povo de Deus denunciar o erro, mas sempre com honestidade e respeito para com as autoridades constituídas.


Adriano Pereira de Oliveira.

Tapiraí, SP, 09 de setembro de 2013.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Argumentos contraditórios dos anticubanos.

Primeiro argumento: Os médicos cubanos são agentes do comunismo internacional e estão vindo para o Brasil para promover a cubanização do mesmo.

Segundo argumento: Os médicos cubanos são escravos, estão realizando trabalho escravo, trabalho forçado.
 
Conclusão: Os médicos cubanos são escravos tão felizes que querem levar a escravidão para outros países, querem que todos sejam escravos como eles.
 
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Cantina nas Escolas Públicas.

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS), do Senado Federal,  aprovou projeto de lei que proíbe a venda de bebidas com baixo teor nutricional ou alimentos com quantidades elevadas de açúcar, de gordura saturada, de gordura trans ou sódio nas cantinas instaladas nas escolas de ensino básico.
Na minha opinião, o que se deve proibir é a existência de cantinas nas escolas públicas. Não há justificativa para a existência delas, uma vez que a merenda escolar é distribuída gratuitamente em todas as escolas. É uma das políticas públicas que está sendo realizada com muito sucesso. O fato de haver cantinas nas escolas é mais um motivo para criar angústia no seio das famílias pobres porque as crianças ficam atormentando seus pais querendo dinheiro para comprar os produtos que são ali vendidos. Além do mais, cria um certo constrangimento entre os alunos porque uns compram e outros não podem comprar. Sou totalmente contra a existência de cantina em escolas públicas. Quando fui Secretário Municipal de Educação e Cultura em determinado município do interior, proibi terminantemente os diretores e professores de pedir dinheiro para aluno sob qualquer pretexto, e proibi a venda de qualquer coisa nas escolas. Com tal medida, eu queria contribuir para a paz e a tranquilidade no seio das famílias.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Assistencia Social.

 
Dia 06/08/2013, terça-feira, participei da IV Conferência Municipal de Assistência Social no Município de Tapiraí, SP, onde muito se falou da necessidade de um diagnóstico para que se execute um trabalho sério e justo na área da Assistência Social, levando em consideração a diversidade do comportamento das pessoas em relação às suas necessidades. Foi dito que há pessoas que falam de suas necessidades com muita facilidade e vivem batendo nas portas dos órgãos públicos querendo alguma coisa, mesmo não tendo necessidades reais, enquanto há outras que mesmo tendo necessidades reais não procuram os órgãos públicos, por ignorância ou por timidez. Daí a necessidade de um diagnóstico sobre as reais necessidades das pessoas, enfatizou o Senhor Prefeito Araldo Todesco.
 
Penso que não somente os órgãos públicos, mas também as igrejas e instituições religiosas e assistenciais em geral, precisam fazer um diagnóstico para saber a real situação dos seus membros. Caso contrário, vamos cair na mesma situação mencionada pelo ilustre prefeito de Tapiraí, SP. Ou seja, vamos sempre ajudar a aqueles que falam de suas necessidades, e deixar de ajudar a aqueles que sofrem calados. Creio mesmo que há pessoas caladas que estão com muito mais necessidades do que aquelas pessoas que sempre falam delas, que sempre pedem.
 
Que Deus nos dê discernimento.
 
Que Deus nos ajude a fazer a coisa certa.
 
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Parabéns, Jônatas!

 
Hoje, eu fiquei emocionado!
 
Quando terminei a leitura da Bíblia no Coreto da Praça da Rodoviária, em Tapiraí, SP, vi que um jovem estava sentado num dos bancos da praça, com um notebook no colo, fone no ouvido, muito atento.
 
Aproximei-me dele  e travamos um diálogo, através do qual fiquei sabendo que o nome dele é Jônatas, que mora no sítio, que ganhou bolsa do PROUNI e que está cursando Engenharia Mecânica em Sorocaba, SP.
 
Fiquei emocionado!
 
Não pedi permissão para ele para escrever o que estou escrevendo, mas tenho que escrever, tenho que contar, é motivo para darmos graças a Deus.
 
Fiquei pensando, nós os evangélicos estamos tão preocupados com casamento gay e coisas semelhantes, que deixamos de ver tanta coisa boa que está acontecendo neste país, deixamos de ver a fantástica redistribuição de rendas que está acontecendo, deixamos de ver as oportunidades que nossos jovens estão tendo, deixamos de ver os milhares de Jônatas que estão espalhados por esse país afora usufruindo das bênçãos dessa bendita redistribuição de rendas.
 
Que o Estado prossiga com essa bendita redistribuição de rendas e que as Igrejas prossigam lendo a Bíblia na Rua!
 
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Oração e submissão às autoridades.

Entendo que o respeito e cuidado que devemos ter no trato com as autoridades religiosas, pastores, padres, etc, é o mesmo que devemos ter em relação às autoridades civis e militares, ou seja, autoridades em geral.
Entendo que cada um está onde está por vocação ou permissão de Deus e por um processo humano que envolve decisão de quem tem o poder de decidir.
Todas merecem nosso respeito e nossa lealdade.
Podemos dizer com lealdade e respeito aquilo que achamos que não está correto no agir das autoridades.
Podemos lutar para tirar do poder aquela autoridade que não está agindo dentro das normas, mas que a nossa luta seja sempre na forma da lei, sempre com honestade, com clareza, com transparência, nunca usando mentiras, calúnias, difamação ou coisa parecida. Nunca injuriar as autoridades.
A Bíblia nos ensina que devemos oração, respeito e submissão às autoridades.
Oração e ação. Oração fervorosa, e ação honesta. Orar e agir com honestidade.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

sábado, 13 de julho de 2013

Terceirização progressiva do trabalho das igrejas.

Quando começou a terceirização das responsabilidades das igrejas batistas brasileiras?
Todos sabemos que as igrejas primitivas doutrinavam seus membros em todas as áreas da vida cristã, preparavam e elegiam seus pastores dentre seus próprios membros, e realizavam a evangelização de casa em casa e nas ruas todos os dias.
As igrejas batistas procediam assim também antigamente.
Mas chegou um momento em que as igrejas reunidas decidiram que seria melhor terceirizar a preparação de pastores, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela. 
Em seguida, chegaram à conclusão de que deviam terceirizar também a evangelização de povos distantes, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela.
Mais tarde, alguns líderes acharam que as igrejas locais não estavam dando conta de cuidar bem dos casais da igreja, e que seria melhor criar instituições para cuidar só de casais, e sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim contribuiriam também para movimentar os negócios de transporte, turismo e hotelaria.
Não demorou muito, e alguns perceberam que as igrejas não estavam ensinando seus membros a evangelizar, e criaram  instituições para ensinar os crentes a evangelizar, e sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim criaram emprego para muitos professores de evangelismo, mesmo que seus alunos não pratiquem depois o que aprenderam com eles.
E por fim, aquela instituição que tinha sido criada para evangelizar os povos distantes, e que tinha criado um projeto chamado Trans para evangelizar os povos que viviam às margens da Rodovia Transamazônica, resolveu criar Trans por todos os lados, e pressionar as igrejas locais para que terceirizem também a evangelização dos seus vizinhos, dos moradores da rua da igreja, dos vizinhos dos crentes, para que sejam evangelizados por pessoas de outros lugares porque as igrejas locais mesmo tendo terceirizado a preparação de seus pastores, a preparação dos seus membros e a preparação dos seus casais, não estão dando conta de evangelizar a sua rua e o seu bairro, assim, é preciso que venham pessoas de outros lugares, pessoas que também, via de regra, não estão evangelizando os seus vizinhos, e que viajam para longe para evangelizar os vizinhos dos outros.
E com tudo isso, o que se ouve falar mesmo é de planos e mais planos, metas e mais metas, alvos e mais alvos, e que venham mais terceirizações!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

Terceirização progressiva das responsabilidades da igreja local.

Quando começou a terceirização das responsabilidades das igrejas batistas brasileiras?
 
Todos sabemos que as igrejas primitivas doutrinavam seus membros em todas as áreas da vida cristã, preparavam e elegiam seus pastores dentre seus próprios membros, e realizavam a evangelização de casa em casa e nas ruas todos os dias.
 
As igrejas batistas procediam assim também antigamente.
 
Mas chegou um momento em que as igrejas reunidas decidiram que seria melhor terceirizar a preparação de pastores, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela. 
 
Em seguida, chegaram à conclusão de que deviam terceirizar também a evangelização de povos distantes, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela.
 
Mais tarde, alguns líderes acharam que as igrejas locais não estavam dando conta de cuidar bem dos casais da igreja, e que seria melhor criar instituições para cuidar só de casais, e sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim contribuiriam também para movimentar os negócios de transporte, turismo e hotelaria.
 
Não demorou muito, e alguns perceberam que as igrejas não estavam ensinando seus membros a evangelizar, e criaram  instituições para ensinar os crentes a evangelizar, e sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim criaram emprego para muitos professores de evangelismo, mesmo que seus alunos não pratiquem depois o que aprenderam com eles.
 
E por fim, aquela instituição que tinha sido criada para evangelizar os povos distantes, e que tinha criado um projeto chamado Trans para evangelizar os povos que viviam às margens da Rodovia Transamazônica, resolveu criar Trans por todos os lados, e pressionar as igrejas locais para que terceirizem também a evangelização dos seus vizinhos, dos moradores da rua da igreja, dos vizinhos dos crentes, para que sejam evangelizados por pessoas de outros lugares porque as igrejas locais mesmo tendo terceirizado a preparação de seus pastores, a preparação dos seus membros e a preparação dos seus casais, não estão dando conta de evangelizar a sua rua e o seu bairro, assim, é preciso que venham pessoas de outros lugares, pessoas que também, via de regra, não estão evangelizando os seus vizinhos, e que viajam para longe para evangelizar os vizinhos dos outros.
 
E com tudo isso, o que se ouve falar mesmo é de planos e mais planos, metas e mais metas, alvos e mais alvos, e que venham mais terceirizações!
 
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Terceirização do Processo de Ordenação Pastoral.

Este assunto vem ocupando meus pensamentos faz muito tempo. Tenho que escrever para liberar minha mente. Estou falando sobre a terceirização do processo de ordenação pastoral, e não a terceirização do ato em si mesmo, e estou usando o termo ordenação, e não consagração,  porque é o mais agradável à alma católica dos evangélicos brasileiros. O termo consagração tem uma conotação subjetiva. O candidato pode ser objetivamente ordenado e não ser subjetivamente consagrado.
Os batistas adotam o princípio da autonomia da igreja local e a forma congregacional de governo, ou seja, governo da congregação.
É a igreja local que, através  da assembleia geral de seus membros, ordena seus pastores ou convida pastores já ordenados.
Originalmente, quando uma igreja queria ordenar alguém para o ministério pastoral, ela decidia em assembleia convocar um concílio de pastores para examinar o candidato, e em seguida, escrevia ou telefonava para os pastores para virem a seu templo em tal dia e horário para formar o concílio e examinar o candidato. No dia marcado, com a presença dos pastores convidados, o dirigente da igreja assumia a liderança, dava abertura na reunião, promovia a eleição da diretoria do concílio, e em seguida passava a direção para o presidente, que, via de regra, era o próprio pastor da igreja, fosse ele titular ou um interino convidado especialmente pela igreja para conduzir o processo. Quer dizer, a igreja local conduzia todo o processo.
Atualmente, muitas igrejas estão terceirizando parte do processo, estão abrindo mão do privilégio de elas mesmas convidarem os pastores das igrejas co-irmãs para virem a seu templo e formarem o concílio examinatório. Muitas igrejas estão passando esse privilégio ou para a Associação de Igrejas da Região ou para a Subseção da Ordem dos Pastores.
Vejo um perigo nisso. Esse comportamento pode se tornar uma jurisprudência, e alguém poderá entender que quem não terceirizar essa parte do processo de ordenação pastoral não está fazendo a coisa certa. Assim, quem continuar fazendo como se fazia origialmente será considerado errado, e quem está terceirizando pasará a ser o certo.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

terça-feira, 9 de julho de 2013

A Presidente Dilma e a Reforma Política.

Na minha opinião, a presidente Dilma está de fato querendo fazer a reforma política e outras reformas. Ela está apelando para o plebiscito porque sabe que os deputados e senadores não estão interessados em mudanças no processo eleitoral, nem para 2014, nem para ano nenhum. Quando a vejo falando sobre as reformas, lembro-me do presidente João Goulart em março de 1964. É a mesma emoção, é a mesma paixão. Ele também queria fazer as reformas, especialmente a agrária, mas sabia que os deputados e senadores não agiriam nessa direção senão sob pressão popular, pressão das ruas. Ele tentou pressionar, tentou levar o povo para a rua, mas foi derrubado do poder pelos militares com o apoio daqueles que tinham medo das reformas.
Há dois pontos na reforma política que assustam boa parte dos atuais deputados. O primeiro é o voto distrital. Se for implantado, muitos dos atuais deputados não se reelegerão porque foram eleitos com votos espalhados em diversas regiões dos seus estados, não possuindo uma base territorial para concorrerem por um distrito, entre eles estão os evangélicos e assemelhados. Todos eles preferem o sistema proporcional e não o distrital. O segundo ponto que assusta muitos deputados e quase toda a classe política é o financiamento público de campanha. O financiamento público de campanha seria benéfico para os novos, para os menos favorecidos financeiramente. Mas os atuais detentores de cargos eletivos já têm os seus financiadores, com os quais têm os seus compromissos, querem continuar assim. É aqui que entra o maior engodo. Os poderosos com a ajuda da mídia passam para o povo, para a opinião pública,  a ideia de que o financiamento público de campanha é um mal. Usam o povo incauto para defender os seus interesses. O financiamento particular de campanha é a maior fonte de corrupção, é o maior mal do nosso sistema eleitoral, mas os que lucram com ele convencem o povo de que é o contrário. Então o povo passa a defender o interesse dos poderosos pensando que está defendendo o seu próprio interesse. Este é um perigo que corre também o plebiscito, mas mesmo sabendo disso, creio na sinceridade da presidente Dilma ao querer convocar o plebiscito para fazer a reforma política.
A alegação de muitos deputados e senadores é de que não há templo hábil para fazer o plebiscito e aplicar suas decisões nas eleições de 2014. Se é assim, e se eles querem de fato as reformas, por que não as fazem, sem o plebiscito? Eles sim, têm condições de fazerem as reformas políticas em tempo hábil para que sejam aplicadas nas eleições de 2014.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Corrupto com ficha lima, ou com ficha suja?


A visão que tenho de mim mesmo e de toda a raça humana é que todos somos corruptos.
E entendo que é  isto que está escrito na Bíblia: Todos pecaram, não há um justo sequer.
A diferença é que há corruptos com ficha limpa e corruptos com ficha suja.
Há corruptos que por sua força de vontade e com a graça de Deus conseguem dominar sua corrupção.
E há corruptos também que embora não conseguindo dominar sua corrupção, conseguem manter sua ficha limpa com artifícios diversos.
Todos nós toleramos pequenas corrupções quando são praticadas por nós ou em nosso favor.
Estou me lembrando de duas cenas que presenciei.
A primeira foi quando, em determinada localidade do Brasil, ouvi um vereador dizer para algumas pessoas que conseguia marcar consultas e cirurgias no SUS para muita gente porque era amigo do diretor regional e que telefonava diretamente para ele, e que de vez em quando levava um presentinho para os funcionários. Tudo tem um preço, disse ele. Não é de graça.
Certamente, as pessoas que eram beneficiadas pelo eficiente trabalho daquele dinâmico vereador estavam gostando muito, e nunca iriam dizer que ele estava praticando uma forma de corrupção.
A segunda, presenciei, quando estava no saguão de um hospital, e vi e ouvi um cidadão conversando com os parentes de uma senhora que estava sendo internada, e dizia o seguinte: Fiquem tranquilos, eu sou muito amigo do diretor, e já telefonei para ele, e ele me disse que vai pedir aos médicos para cuidar muito bem dela.
Certamente, os familiares daquela senhora ficaram muito alegres, e agradecidos a aquele prestativo cidadão.
Mas eu fiquei pensando, e perguntando a mim mesmo, e como será o tratamento de quem não tem um amigo que é amigo diretor?
Não quero acusar ninguém, escrevi os fatos acima para demonstrar que somos todos corruptos, e que fazemos vistas grossas quando a corrupção é praticada por nós ou em nosso favor.
 
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O Relógio de Ponto de Tapiraí, SP.

Não sei o motivo pelo qual o Relógio de Ponto de alguns funcionários da Prefeitura de Tapiraí, SP, fica no extremo leste da cidade.
Não me parece razoável, mas a administração municipal deve ter alguma razão para isso.
Qual será a razão para tal procedimento?
Mas fica difícil de entender, por exemplo, o fato de um funcionário morar no extremo oeste da cidade, trabalhar no centro e ir bater o ponto no extremo leste.
De manhã, ele sai da casa dele no extremo oeste da cidade, passa pelo centro,  vai assinar o ponto no extremo leste e volta para trabalhar no centro.
De tarde, depois do expediente, ele faz o caminho inverso, sai do centro da cidade, vai assinar o ponto no extremo leste e volta para sua casa no extremo oeste, passando pelo centro novamente. 
Será que tem de ser assim, ou poderia ser diferente?
Respeitosamente.


Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

É bom para quem?

 
Ontem, 09/06/2013, domingo, às 20:30 horas, depois do culto na Igreja Batista de Tapiraí, dei uma volta de carro em torno da Praça da Rodoviária.
Vi alguns artistas no coreto cantando para umas poucas pessoas que estavam na praça, enquanto a maioria do povo da cidade, com certeza, estava reunida nas igrejas cultuando a Deus.
Por isso, resolvi fazer a pergunta que está no título desta mensagem:
É bom para quem?
É bom para quem, promover atividades artísticas e culturais na praça da cidade usando serviço de som alto no mesmo horário em que que as igrejas estão realizando os seus cultos, sabendo de antemão que o som da praça chega a todos os templos da cidade?
É bom para quem, ouvir ao mesmo tempo o som dos hinos cantados nas igrejas e o som das músicas da praça?
É bom para as igrejas?
É bom para os artistas?
É bom para a administração municipal?
É bom para quem?
Se é bom para todos, prossigamos assim.
Se não é bom para todos, por que não fazer diferente?
Abraços a todos!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Será verdade?

No meu modo de entender, o fato de termos hoje a Bíblia escrita e traduzida para diversos idiomas tem levado alguns a limitarem a ação de Deus através de outros meios.
 
Foi pensando nisso que resolvi escrever algumas pergunas:
 
Será verdade que Deus não fala mais através dos anjos porque a revelação está completa na Bíblia?
Será verdade que Deus não fala mais através de profetas atuais porque a revelação está completa na Bíblia?
Será verdade que Deus não fala mais através dos sonhos porque a revelação está completa na Bíblia?
Será verdade que Deus não concede mais os dons de curar porque agora a ciência está muito avançada?
Será verdade que o "pregar, ensinar e curar" de Jesus é a mesma coisa que evangelizar, abrir escolas e hospitais?
Será verdade que Deus mudou os seus métodos de agir porque a revelação está completa na Bíblia?
 
Abraços a todos.
 
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.