O compromisso deste blog é com a verdade, sem partidarismo e sem sectarismo. Jornalistas Responsáveis: Adriano Pereira de Oliveira, MTE-67831SP. Adriana Rodrigues de Oliveira, MTE-68734SP. Um baiano de Jequié e uma paulista de Piedade, com Jesus de Nazaré, divulgando a verdade. PIX: pastordri@gmail.com
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Contribuição para o resgate de uma bela hitória.
Sei que há pessoas que devem saber muito
mais do que eu sobre a história da Educação Teológica em Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul.
Quando cheguei lá em 1973, havia dois
grandes líderes entre os batistas, Jonathan de Oliveira e Williams Balaniuc,
pessoas que amo e respeito.
Mas quero escrever resumidamente, sem
anotações, o que guardo em minha mente sobre o
assunto.
A primeira notícia que li sobre a Educação
Teológica no Mato Grosso se encontra num Livro de Atas da Primeira Igreja
Batista de Ponta Porã, MS, onde está escrito que na década de 1940 funcionou nas
dependências daquela Igreja um curso teológico ligado ao Seminário Teológico
Batista do Sul do Brasil e coordenado pelo Missionário John
Riffey.
O curso era oferecido de maneira intensiva,
em regime de internato, o qual era dirigido pelo pastor Valdir Vilarinho e sua
esposa Candinha.
Entre os alunos daquele curso estava o
índio Adriano Ferreira que foi pastor por muito tempo na região de
Corumbá.
Infelizmente, um dos Livros de Atas daquela
Igreja daquela década estava desaparecido quando lá estive como pastor entre
1973 e 1987. Não sei se já foi encontrado.
A segunda notícia que tenho sobre a
Educação Teológica no Mato Grosso é sobre o Instituto Teológico Batista do Oeste
que funcionou em Campo Grande nas décadas de 1950 e 1960 onde se destacou como
diretor o baiano Gutenberg Rodrigues Silva.
Em seguida, começou a funcionar um
Instituto de Férias nas dependências do Colégio Osvaldo Cruz em Dourados, o qual
foi o ponto de partida para a criação do Instituto Teológico Batista Ana
Wollerman no ano de 1974.
Quero aqui lembrar que o homem forte que
esteve ao lado da Missionária Ana Wollerman naquele momento inicial da história
e que foi o responsável pela administração da instituição e construção de quase
todos os edifícios tanto do Instituto como do Seminário Ana Wollerman foi o
pastor Williams Balaniuc, que foi auxiliado e depois sucedido pelo professor
Ivan Araújo Brandão, que deu continuidade ao período de expansão patrimonial.
Somente a Capela e a Biblioteca não foram construídas por eles, as quais foram
construídas na gestão do escritor destas linhas.
Em 11 de outubro de 1977 foi criado o
estado do Mato Grosso do Sul, tendo Campo Grande como capital, mas a Convenção
Batista do Mato Grosso, que já tinha sua sede em Campo Grande, continuou uma só
para os dois estados até 1979 quando em uma assembleia em Cáceres foi criada a
Convenção Batista Centro América, com sede em Cuiabá, para congregar as igrejas
batistas do Mato Grosso, ficando o novo estado com velha
Convenção.
Foi naquela assembleia em Cáceres que foi
criada a Faculdade Teológica Batista do Oeste do Brasil, com sede em Campo
Grande, cujo nome foi escolhido através de pesquisa para resgatar a história do
antigo Instituto Teológico Batista do Oeste.
O relator do Grupo de Trabalho que criou a
FTBOB foi o autor destas linhas que tinha em mente uma instituição semelhante à
Faculdade Teológica Batista de São Paulo, de onde procedia, com uma estrutura
leve, de baixo custo, com curso noturno, diferentemente do pensamento de muitos
que procediam do Seminário Teológico Batista Sul Brasil que tinha uma estrutura
pesada com sistema de internato.
O diretor do Grupo de Trabalho foi eleito
naquela assembleia em Cáceres para ser o primeiro diretor da FTBOB, o qual fez
todos os preparativos para o início das aulas.
Entre os projetos apresentados pelo diretor
ao Conselho Administrativo estava o Projeto Sunamita que consistia em sugerir
aos crentes batistas residentes em Campo Grande que construíssem em suas casas
um quartinho para o homem de Deus, o seminarista, no qual deveria ter uma cama,
uma mesa, uma cadeira e um candeeiro (uma lâmpada), plano esse que não teve a
devida consideração do Conselho Administrativo.
Finalmente, a disputa entre o sul e o
centro, entre Dourados e Campo Grande, levou o diretor a renunciar, mas não fez
com que ele perdesse o amor pela educação teológica no Mato Grosso do
Sul.
E ela disse a seu marido: Eis
que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de
Deus.
Façamos-lhe, pois, um pequeno
quarto junto ao muro, e ali lhe ponhamos uma cama, uma mesa, uma cadeira e um
candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se
recolherá.
2 Reis 4:9-10
2 Reis 4:9-10
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
domingo, 22 de dezembro de 2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
Educação Teológica no Mato Grosso do Sul.
Nossa viagem a Dourados para
participar do Culto em Memória da Missionária Ana Wollerman dia 13 de dezembro
de 2013 foi muito proveitosa.
Tivemos oportunidade de rever grandes
amigos e companheiros na obra de educação teológica no Mato Grosso do
Sul.
Entre eles, o professor Ivan Araújo
Brandão, atual presidente da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense, que, sem
sombra de dúvida, exerceu um papel muito importante na educação teológica em
terras sul-mato-grossenses.
Na década de 1970, recém chegado do
Rio de Janeiro, onde tinha concluído os cursos de Pedagogia e Teologia, tendo
inclusive trabalhado com o famoso educador batista José Luciano Lopes, de quem é
grande admirador, o professor Ivan se envolveu
de corpo e alma na obra educacional batista. Foi professor e reitor no Seminário
Ana Wollerman, em Dourados. Nesse mesmo tempo,
assumiu a presidência da antiga Junta de Educação Teológica do Mato Grosso,
antes da criação do estado do Mato Grosso do Sul, e tomou a iniciativa
de nomear o grupo de trabalho que criou a Faculdade Teológica Batista do Oeste
do Brasil, com séde em Campo Grande, cujo relator foi o escritor destas
linhas.
Dito isto, creio que a providência
divina colocou o professor Ivan Araújo Brandão na presidência da Convenção
Batista Sul-Mato-Grossense no presente momento para ajudar a encontrar novos
caminhos para a educação teológica no Mato Grosso do Sul.
O que vi e senti em Dourados me
deixou com muita esperança. O que parece um fracasso pode vir a ser a semente de
um grande sucesso. A Faculdade Teológica Batista Ana Wollerman está pedindo o
descredenciamento do MEC. Quer voltar à simplicidade e espiritualidade do
passado. Quer de fato honrar à memória da Missionária Ana Wollerman que com
muita relutância aceitou que o nome dela fosse colocado na instituição porque
ela não tinha filhos, nem sobrinhos, nem parente algum para continuar carregando
o nome Wollerman.
Os ex-alunos e alunos com quem tive
contato estão com essa mesma esperança. Então, o momento é agora. É hora de unir
as forças para que o Mato Grosso do Sul volte aos trilhos na obra de educação
teológica.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Calespo.
O que é o
Calespo?
Calespo é o grupo dos descendentes de Leonardo José
da Luz e Josefa Maria da Encarnação e seus filhos Antonio José da Luz, João José
da Luz, Alexandrina Maria da Encarnação, Silvéria Maria da Encarnação, Felipa
Maria da Encarnação e Gina Maria da Encarnação.
Alexandrina Maria da Encarnação foi esposa de João Elias Sampaio.
Silvéria Maria da Encarnação foi esposa de José Manoel de Oliveira.
Felipa Maria da Encarnação foi esposa de Antonio Inácio Pereira, filho de Vitório Inácio Pereira e Escolástica Ferreira Campos (uma índia).
Gina Maria da Encarnação foi esposa de Marcos Pereira.
Alexandrina Maria da Encarnação foi esposa de João Elias Sampaio.
Silvéria Maria da Encarnação foi esposa de José Manoel de Oliveira.
Felipa Maria da Encarnação foi esposa de Antonio Inácio Pereira, filho de Vitório Inácio Pereira e Escolástica Ferreira Campos (uma índia).
Gina Maria da Encarnação foi esposa de Marcos Pereira.
Todas essas
pessoas viveram e morreram na região de Jequié, Manoel Vitorino e Boa Nova,
Bahia, onde vivem ainda muitos dos seus descendentes, mas os outros, a maioria,
está espalhada por diversos estados do Brasil, e alguns estão nos Estados Unidos
e na Inglaterra.
Calespo é a
junção das letras iniciais de Campos, Luz, Elias, Sampaio, Pereira e Oliveira,
que são descendentes de Leonardo José da Luz e Josefa Maria da
Encarnação.
O grupo
CALESPO foi criado por Adriano Pereira de Oliveiira, filho de Casimiro José de
Oliveira e Vitória Maria da Encarnação, neto de Antonio Inácio Pereira e Felipa
Maria da Encarnação, e de Brígido José de Oliveira e Jovenalina Ferreira Campos,
bisneto de Vitório Inácio Pereira e Escolástica Ferreira Campos, e de José
Manoel de Oliveira e Silvéria Maria da Encarnação, e trisneto de Leonardo José
da Luz e Josefa Maria da Encarnação.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Café com farinha.
Hoje, como sempre, depois da leitura
da Bíblia na Rua, cheguei em casa e preparei o meu café na minha cafeteira
elétrica.
Quando a locomotiva começou a fazer
barulho, percebi que não havia pão. Pensei, não vou sair para comprar pão. Vou
tomar café com farinha. Depois vi que era farofa. Farofa gostosa que Adriana
comprou e colocou numa vasilha de plástico. Um gole de café e uma colherada de
farofa, mais um gole de café e mais uma colherada de farofa, e assim foi, até
que não quis mais. Que delícia! Que coisa gostosa! Quantas lembranças do meu tempo
de criança!
Depois vieram outras lembranças.
Lembranças dos meus tempos de crente novo há 50 anos quando ouvia os discursos
dos executivos de missões falando da infelicidade do povo do sertão. Como eu
ficava irritado quando ouvia aqueles discursos descrevendo o povo do sertão, o
povo da roça, como sendo um povo infeliz porque não tinha o conforto da cidade.
Diga-se de passagem que até hoje ainda me sinto desconfortável quando escuto
alguém que não entende nada de roça, nada de sertão, nada do sentimento do povo
do sertão, querendo transferir sua infelicidade para o povo feliz do sertão. O
motivo do discurso é correto, quer comover o povo da cidade a dar ofertas para
sustentar a obra missionária no interior do país. Mas o que está errado é a
imagem falsa que passa do povo sertão para conseguir o intento. Eu me sentia
muito mal ouvindo aqueles discursos descrevendo o meu povo, a minha gente, como
se fosse um povo infeliz. Eu me sentia humilhado e triste. Mas, verdade é que ao
mesmo tempo ficava com vontade de ser missionário e voltar para o meu
sertão.
O pensamento veio mais para perto, e
lembrei-me de uma mensagem do Ruben Alves no Congresso Brasileiro de Teologia,
no Seminário Metodista, em Rudge Ramos, São Paulo, há cerca de 30 anos, quando
ele disse que não comemos a coisa, mas a ideia que temos da coisa. Pensei, o meu
café com farinha é só meu, é o meu café com farinha que eu tomava quando
era menino no interior da Bahia. Eu não estou tomando qualquer café com farinha,
eu estou tomando o meu café com farinha, a minha ideia de café com
farinha.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Recordando uma linda história!
Aproveito o dia do aniversário de Adriana, 29 de outubro, para
recordar um pouco da nossa história, minha e dela.
Eu tomei conhecimento do nome dela num grupo de debates
dirigido pelo irmão Vital Sousa no ano 2008.
Foi assim, o Pastor Wagner Antonio de Araújo postou uma
mensagem no grupo sobre um curso que iria oferecer.
Uma pessoa de nome Adriana Oliveira escreveu pedindo informação
sobre o referido curso.
A minha atenção foi despertada pelo nome e sobrenome dela.
Pensei, eu sou Adriano Oliveira, agora me aparece uma pessoa de nome Adriana
Oliveira! Vou ver quem é. Anotei o endereço de e-mail dela e a convidei para ser
minha amiga virtual no Orkut. Ela aceitou. Conversa vai, conversa vem, descobri
que era uma jovem solteira, crente batista, membro da Primeira Igreja Batista de
Piedade, SP.
Eu estava divorciado há 16 anos e pastoreava Igreja Batista de
Flórida Paulista, mais de 500 kms distante de Piedade. Mas a Providência Divina
cooperou conosco, e no dia 25 de abril de 2009, dia do meu aniversário, nos
casamos.
Ela era funcionária concursada do Município de Votorantim, SP,
estava numa posição previlegiada, exercendo um cargo de confiança. Deixou tudo.
Como havia a possibilidade de tirar uma licença não remunerada por três anos,
ela não pediu o desligamento imediato, mas estava decidida a pedi-lo no final
dos três anos.
Nosso plano era nos casarmos e irmos para Rondônia.
Eu tinha lido num livro de aconselhamento matrimonial que era
melhor para o novo casal não ir para o ambiente conhecido de um dos cônjuges e
desconhecido do outro, era melhor começar em um ambiente desconhecido de ambos
ou conhecido de ambos, para ficarem em pé de igualdade nos relacionamentos.
Gostei da idéia.
O pastor Joil Dias de Freitas, líder batista em Rondônia, tinha
nos indicado algumas igrejas naquele estado para visitarmos com vistas ao
pastorado.
Nosso plano era nos casarmos e viajarmos imediatamente para
Rondônia para visitarmos as referidas Igrejas. Mas à medida em que foi se
aproximando o dia do casamento, sentimos que não era ainda o tempo de irmos para
Rondônia.
Agradecemos a gentileza do Pastor Joil, e ficamos em Flórida
Paulista onde eu já estava há nove anos, um ambiente conhecido para mim e
desconhecido para ela. Onde ela foi muito bem recebida.
Em julho de 2010, creio que também pela Providência Divina,
deixamos o pastorado da Igreja Batista de Flórida Paulista. Ficamos na cidade
até o dia 31 de outubro daquele ano.
Recebmos três convites. Um para ser pastor titular de uma
Igreja Batista em uma cidade vizinha a Presidente Prudente. Outro para
participar de um pastorado colegiado em Belo Horizonte. E o terceiro para tomar
conta de uma Congregação da PIB de Piedade, de onde Adriana tinha
saído.
Não foi fácil tomar a decisão. Chegou um momento em que eu
disse ao Senhor, "Senhor, se Tu não me mostrares qual é a Tua vontade até
amanhã, eu vou reunir os pastores da cidade aqui em minha casa, vamos orar, e eu
vou fazer um sorteio, e iremos para o lugar que for sorteado".
Depois que falei assim com Deus, a coisa clareou. Lembrei-me de
que eu tinha dito ao Pastor Carlos Dias, da PIB de Piedade, que eu tinha receio
de pastorear uma Congregação porque eu sempre tinha sido pastor titular e tinha
medo de não conseguir ser suficientemente submisso para seguir as orientações do
pastor titular. Lembrei-me também da resposta dele:
"Pastor Adriano, Tapiraí é uma Congregação da PIB de Piedade,
mas lá o irmão vai ser o pastor titular, nós não vamos dar palpite, só iremos lá
se o irmão nos chamar. Outra coisa, sabemos que o irmão gosta de se envolver na
vida social e política da cidade, fique à vontade. Sabemos também que o irmão
tem o seu ministério na internet, tudo bem. Só queremos que o irmão more lá e
tome conta da Congregação. Não vamos cobrar resultados do irmão porque quem dá o
crescimento é Deus."
Pronto. Decisão tomada. Vamos para Tapiraí. Dia 1º de novembro
de 2010, eu e Adriana entramos no nosso Ford Corcel II, ano 1980, cedinho, e às
16:00 horas já estávamos em Piedade, sãos e salvos.
Na segunda-feira seguinte, a mudança chegou em Tapiraí, na casa
que já tínhamos alugado, e onde estamos até hoje.
Assim, que de acordo com a Providência Divina, quando chegou o
final dos três anos da licença não remunerada de Adriana, ela estava bem aqui,
pertinho de Votorantim. Oramos, pedimos a direção de Deus, e ela retornou ao seu
emprego.
Louvado seja Deus por tudo!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Missionária Ana Wollerman.
Hoje, 18/10/2013, recebi um gentil
telefonema da Missionária Esther Ergas convidando-me para o culto de inauguração
do monumento dedicado à memória da Missionária Ana Wollerman, com data prevista
para 13 de dezembro deste ano na cidade de Dourados, MS.
A irmã Esther Ergas era uma amiga
inseparável da Missionária Ana Wollerman.
Desde o falecimento da Missionária
Ana Wollerman em 18 de fevereiro de 2008, nos Estados Unidos da América do
Norte, a irmã Esther Ergas e o irmão Gete Otano da Rosa, filho na fé da
falecida, vinham lutando para trazer as cinzas do corpo daquela querida
missionária para o Brasil e depositá-las em um memorial.
As cinzas já estão no Brasil, e com o
apoio do pastor e vereador de Dourados, Sergio Nogueira, o monumento deverá ser
inaugurado na data mencionada acima.
Farei o possível para estar em
Dourados naquela data, se Deus permitir.
Louvado seja Deus por
tudo!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
O presidente da Convenção estava lá também.
Carlos, filho do missionário
norte-americano, Pastor Paulo Stouffer, era um jovem muito bem
humorado.
Certa ocasião, quando eu era pastor
em Ponta Porã, MS, o Pastor Paulo Stouffer, levando um grupo de jovens de Campo
Grande para realizar um trabalho evangelístico no Paraguay, passou em minha
casa. Carlos estava junto. Eu acompanhei o grupo até o Consulado do Paraguay em
Ponta Porã para providenciar a documentação. Foi tudo muito simples para os
brasileiros, inclusive para o Carlos que também era brasileiro. Mas quando
chegou a vez do Pastor Paulo Stouffer, já não foi tão simples porque ele não era
brasileiro. Carlos olhou para ele e, em tom de brincadeira, disse:
- Se você fosse brasileiro seria tudo
mais fácil!
Ano 1982, Campo Grande, MS, fim do
regime militar, a campanha para a primeira eleição direta para governador do
estado está nas ruas. Dr. Wilson Barbosa Martins, do PMDB, é o candidato
favorito. Num domingo à noite, o Pastor Paulo Stouffer percebe que Carlos não
está presente no culto na Igreja Batista, da qual ele era membro. Em casa,
depois do culto acontece o seguinte diálogo entre o pai e o filho:
- Carlos, meu filho, eu não vi você
no culto esta noite.
- Eu estava no comício do
PMDB.
- Você acha que é certo um crente
deixar de ir ao culto para ir a um comício?
- O presidente da Convenção estava lá
também.
Assunto encerrado. O presidente da Convenção Batista Sul-mato-grossense era o
pastor Adriano Pereira de Oliveira que era candidato a deputado estadual pelo
PMDB naquele ano, e tinha ido de Ponta Porã até Campo Grande para participar
daquele grande comício.
Carlos, meu amigo, onde está você? No
próximo ano, serei candidato a deputado estadual novamente, se Deus permitir.
Desta vez, será em São Paulo.
Fraterno abraço!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Informando aos amigos.
Informo a todos que pretendo
ser candidato a deputado estadual em São Paulo em 2014.
Será minha nona candidatura, se Deus
permitir.
Já fui candidato a vereador cinco
vezes, cada vez em um município diferente, no Mato Grosso do Sul e em São
Paulo.
Já fui candidato a deputado estadual
duas vezes no Mato Grosso do Sul.
Já fui candidato a deputado federal
uma vez em São Paulo.
Sei que os amigos de qualquer lugar
do Brasil e do mundo poderão me ajudar, se quiserem, porque quase todos, ou
todos, quem sabe, têm um parente ou amigo em São Paulo, para quem poderão pedir
o voto para mim, e todos poderão orar por mim independentemente do lugar onde
estiverem.
Só pediria o seguinte, se alguém está
pensando em dizer que é contra o pastor na política, por favor, não diga, eu já
sei, muitos já me disseram isto.
Se alguém está pensando em dizer que
todo mundo que entra para a política se corrompe, por favor, não diga, eu não
corro esse risco porque já sou corrupto por natureza.
Muito obrigado!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Meu primeiro dia em São Paulo.
Nasci no município de Jequié, Bahia, no dia 25 de abril de 1943.
Meu sonho desde criança era vir para São Paulo. Com sete anos de idade fui
levado por meu pai juntamente com minha madrasta e meus irmãos para as matas da
região do Contestado, onde hoje é o norte do Espírito Santo. Com 16 anos de
idade vim para São Paulo sozinho. A viagem foi emocionante, uma mistura de
curiosidade e medo.
Meu primeiro dia em São Paulo foi 21
de julho de 1959. Desembarquei do trem na Estação do Norte, no Brás, e fui para
a casa do senhor Manoel Alves Aranha, irmão de Zózimo Alves Aranha, que morava
no mesmo endereço, Rua Izanga, 19, Freguesia do Ó. Fui para lá porque o Zózimo,
a quem conheci em Itamira, ES, tinha me dado o endereço. Louvo a Deus por ter me
levado até aquela casa onde dormi minha primeira noite em São Paulo. Mas não me
esqueço de uma frase, nada animadora, dita pelo dono da casa: "Meu filho, São
Paulo é terra onde filho chora e pai não vê."
No dia seguinte, fui para a casa de um tio que eu não conhecia, e no dia 1º de agosto, dez dias depois de chegar em São Paulo, comecei a trabalhar como office-boy numa multinacional alemã.
Daí para frente, foi só trabalho e estudo. Muitas coisas aconteceram em minha vida. Morei em muitos lugares. Conheci muita gente. Tive alegrias e tristezas. Fui para outros lugares e voltei para São Paulo duas vezes.
Tive oportunidade de concluir quatro cursos superiores, Teologia, Filosofia, Pedagogia e Direito. Casei, gerei filhos, e já tenho oito netos.
Hoje, 54 anos depois do meu primeiro dia em São Paulo, aos 70 anos de idade, aposentado, continuo atuando como Pastor Batista, e disponível para fazer aquilo que Deus permitir.
Louvado seja Deus por tudo!
Obrigado, São Paulo!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
www.memoriasdoadriano.blogspot.com.br
No dia seguinte, fui para a casa de um tio que eu não conhecia, e no dia 1º de agosto, dez dias depois de chegar em São Paulo, comecei a trabalhar como office-boy numa multinacional alemã.
Daí para frente, foi só trabalho e estudo. Muitas coisas aconteceram em minha vida. Morei em muitos lugares. Conheci muita gente. Tive alegrias e tristezas. Fui para outros lugares e voltei para São Paulo duas vezes.
Tive oportunidade de concluir quatro cursos superiores, Teologia, Filosofia, Pedagogia e Direito. Casei, gerei filhos, e já tenho oito netos.
Hoje, 54 anos depois do meu primeiro dia em São Paulo, aos 70 anos de idade, aposentado, continuo atuando como Pastor Batista, e disponível para fazer aquilo que Deus permitir.
Louvado seja Deus por tudo!
Obrigado, São Paulo!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
www.memoriasdoadriano.blogspot.com.br
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Cabeça, fato e mocotó.
Hoje, amanheci pensando nestas três
palavras, cabeça, fato e mocotó.
Estava lembrando do tempo em que eu e
meu irmão Abel éramos meninos lá no norte do Espírito Santo.
Nós éramos procurados por aqueles que
compravam ou vendiam animais vivos, geralmente porcos ou bois.
As pessoas pesavam os referidos
animais e depois vinham nos procurar para fazer as contas.
Elas diziam:
- Deu tantos quilos, faz a conta
aí descontando vinte por cento de cabeça, fato e mocotó para ver quanto
dá.
Nós fazíamos as contas, descontando
os vinte por cento de cabeça, fato e mocotó, e depois dividíamos por 15 para ver
quantas arrobas davam, e em seguida multiplicávamos pelo valor da arroba em
cruzeiro para ver quanto o comprador tinha que pagar.
A mesma coisa acontecia quando alguém
pegava uma roça para capinar, uma manga para roçar ou uma mata para
derrubar.
Elas diziam:
- Deu tantas braças de frente, tantas
braças de fundo, tantas braças dos lados, cuba aí para ver quantas tarefas dá, e
depois faz as contas para ver quantos cruzeiros dá.
Nós já sabíamos que uma tarefa era 30
X 30 braças, era fácil fazer as contas.
Nós éramos os
especialistas, os técnicos, os sabidos daquela região.
Recordações dos tempos que não voltam
mais.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
A morte é uma realidade inevitável.
A morte é uma realidade inevitável, mas podemos
escolher se queremos morrer com a ajuda dos médicos e remédios ou sem a ajuda
deles.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Quem deve ouvir o clamor das ruas?
Os políticos devem ouvir o clamor das ruas porque
são eleitos pelo voto popular, mas os juízes e os promotores de justiça não devem
ouvir o clamor das ruas, mas sim o clamor da lei, é por isso que eles são
nomeados através de concursos públicos para não se deixarem influenciar pelo
clamor das ruas ou por outro clamor qualquer. Pilatos ouviu o clamor das ruas
e crucificou Jesus.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Deus dirige a História.
Creio que Deus dirige a
História.
Creio que Deus de vez em quando traz
juízo sobre o seu povo, usando sistemas políticos para isso, como aconteceu com
Israel e Judá em relação a Assíria e Babilônia.
Creio que o que está acontecendo no
Brasil e em algumas outras nações pode ser entendido assim.
Creio que o povo de Deus deixou de
seguir os ensinos de Jesus no sentido de dividir os bens materiais por
amor.
Creio que por isso Deus está
permitindo que sistemas políticos realizem aquilo que devia ter sido feito
voluntariamente pelas igrejas, pelo povo de Deus.
Creio que a Bíblia ensina que devemos
sempre honrar e respeitar as autoridades constituídas.
Creio também que o descalabro moral e
antibíblico que estamos vendo nos últimos tempos não é responsabilidade
particular de nenhum partido político, mas de um sistema mundial dirigido pelo
espírito do Anticristo.
Creio que querer culpar esse ou
aquele partido político em particular pelo descalabro moral é pura
ingenuidade.
Creio que a Bíblia ensina que a
natureza humana é depravada.
Creio que cabe ao povo de Deus
vigiar, orar e participar, pois somos sal da terra e luz do mundo.
Creio que cabe também ao povo de Deus
denunciar o erro, mas sempre com honestidade e respeito para com as autoridades
constituídas.
Adriano Pereira de
Oliveira.
Tapiraí, SP, 09 de setembro de 2013.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Argumentos contraditórios dos anticubanos.
Primeiro argumento: Os médicos
cubanos são agentes do comunismo internacional e estão vindo para o Brasil para
promover a cubanização do mesmo.
Segundo argumento: Os médicos cubanos
são escravos, estão realizando trabalho escravo, trabalho forçado.
Conclusão: Os médicos cubanos são
escravos tão felizes que querem levar a escravidão para outros países, querem
que todos sejam escravos como eles.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Cantina nas Escolas Públicas.
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS), do Senado Federal,
aprovou projeto de lei que proíbe a venda de bebidas com baixo teor nutricional
ou alimentos com quantidades elevadas de açúcar, de gordura saturada, de gordura
trans ou sódio nas cantinas instaladas nas escolas de ensino
básico.
Na minha opinião, o que se deve proibir é a
existência de cantinas nas escolas públicas. Não há justificativa para a
existência delas, uma vez que a merenda escolar é distribuída gratuitamente em
todas as escolas. É uma das políticas públicas que está sendo realizada com
muito sucesso. O fato de haver cantinas nas escolas é mais um motivo para criar
angústia no seio das famílias pobres porque as crianças ficam atormentando seus
pais querendo dinheiro para comprar os produtos que são ali vendidos. Além do
mais, cria um certo constrangimento entre os alunos porque uns compram e outros
não podem comprar. Sou totalmente contra a existência de cantina em escolas
públicas. Quando fui Secretário Municipal de Educação e Cultura em determinado
município do interior, proibi terminantemente os diretores e professores de
pedir dinheiro para aluno sob qualquer pretexto, e proibi a venda de qualquer
coisa nas escolas. Com tal medida, eu queria contribuir para a paz e a
tranquilidade no seio das famílias.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Assistencia Social.
Dia 06/08/2013,
terça-feira, participei da IV Conferência Municipal de Assistência Social no
Município de Tapiraí, SP, onde muito se falou da necessidade de um diagnóstico
para que se execute um trabalho sério e justo na área da Assistência Social,
levando em consideração a diversidade do comportamento das pessoas em relação às
suas necessidades. Foi dito que há pessoas que falam de suas necessidades com
muita facilidade e vivem batendo nas portas dos órgãos públicos querendo alguma
coisa, mesmo não tendo necessidades reais, enquanto há outras que mesmo tendo
necessidades reais não procuram os órgãos públicos, por ignorância ou por
timidez. Daí a necessidade de um diagnóstico sobre as reais necessidades das
pessoas, enfatizou o Senhor Prefeito Araldo Todesco.
Penso que não somente os
órgãos públicos, mas também as igrejas e instituições religiosas e assistenciais
em geral, precisam fazer um diagnóstico para saber a real situação dos seus
membros. Caso contrário, vamos cair na mesma situação mencionada pelo ilustre
prefeito de Tapiraí, SP. Ou seja, vamos sempre ajudar a aqueles que falam de
suas necessidades, e deixar de ajudar a aqueles que sofrem calados. Creio mesmo
que há pessoas caladas que estão com muito mais necessidades do que aquelas
pessoas que sempre falam delas, que sempre pedem.
Que Deus nos dê
discernimento.
Que Deus nos ajude a
fazer a coisa certa.
Adriano Pereira de
Oliveira, Tapiraí, SP.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Parabéns, Jônatas!
Quando terminei a leitura da Bíblia
no Coreto da Praça da Rodoviária, em Tapiraí, SP, vi que um jovem estava sentado
num dos bancos da praça, com um notebook no colo, fone no ouvido, muito
atento.
Aproximei-me dele e travamos um
diálogo, através do qual fiquei sabendo que o nome dele é Jônatas, que mora no
sítio, que ganhou bolsa do PROUNI e que está cursando Engenharia Mecânica em
Sorocaba, SP.
Fiquei emocionado!
Não pedi permissão para ele para
escrever o que estou escrevendo, mas tenho que escrever, tenho que contar, é
motivo para darmos graças a Deus.
Fiquei pensando, nós os evangélicos
estamos tão preocupados com casamento gay e coisas semelhantes, que deixamos de
ver tanta coisa boa que está acontecendo neste país, deixamos de ver a
fantástica redistribuição de rendas que está acontecendo, deixamos de ver as
oportunidades que nossos jovens estão tendo, deixamos de ver os milhares
de Jônatas que estão espalhados por esse país afora usufruindo das bênçãos dessa
bendita redistribuição de rendas.
Que o Estado prossiga com essa
bendita redistribuição de rendas e que as Igrejas prossigam lendo a Bíblia na
Rua!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Oração e submissão às autoridades.
Entendo que o respeito e cuidado que
devemos ter no trato com as autoridades religiosas, pastores, padres, etc, é o
mesmo que devemos ter em relação às autoridades civis e militares, ou seja,
autoridades em geral.
Entendo que cada um está onde está
por vocação ou permissão de Deus e por um processo humano que envolve decisão de
quem tem o poder de decidir.
Todas merecem nosso respeito e nossa
lealdade.
Podemos dizer com lealdade e respeito
aquilo que achamos que não está correto no agir das autoridades.
Podemos lutar para tirar do poder
aquela autoridade que não está agindo dentro das normas, mas que a nossa luta
seja sempre na forma da lei, sempre com honestade, com clareza, com
transparência, nunca usando mentiras, calúnias, difamação ou coisa parecida.
Nunca injuriar as autoridades.
A Bíblia nos ensina que devemos
oração, respeito e submissão às autoridades.
Oração e ação. Oração fervorosa, e
ação honesta. Orar e agir com honestidade.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
sábado, 13 de julho de 2013
Terceirização progressiva do trabalho das igrejas.
Quando começou a terceirização das
responsabilidades das igrejas batistas brasileiras?
Todos sabemos que as igrejas
primitivas doutrinavam seus membros em todas as áreas da vida cristã, preparavam
e elegiam seus pastores dentre seus próprios membros, e realizavam a
evangelização de casa em casa e nas ruas todos os dias.
As igrejas batistas procediam assim
também antigamente.
Mas chegou um momento em que as
igrejas reunidas decidiram que seria melhor terceirizar a preparação de
pastores, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para
ela.
Em seguida, chegaram à conclusão de
que deviam terceirizar também a evangelização de povos distantes, e criaram uma
instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela.
Mais tarde, alguns líderes acharam
que as igrejas locais não estavam dando conta de cuidar bem dos casais da
igreja, e que seria melhor criar instituições para cuidar só de casais, e
sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim
contribuiriam também para movimentar os negócios de transporte, turismo e
hotelaria.
Não demorou muito, e alguns
perceberam que as igrejas não estavam ensinando seus membros a evangelizar, e
criaram instituições para ensinar os crentes a evangelizar, e sugeriram que as
igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim criaram emprego para muitos
professores de evangelismo, mesmo que seus alunos não pratiquem depois o que
aprenderam com eles.
E por fim, aquela instituição que
tinha sido criada para evangelizar os povos distantes, e que tinha criado um
projeto chamado Trans para evangelizar os povos que viviam às margens da Rodovia
Transamazônica, resolveu criar Trans por todos os lados, e pressionar as igrejas
locais para que terceirizem também a evangelização dos seus vizinhos, dos
moradores da rua da igreja, dos vizinhos dos crentes, para que sejam
evangelizados por pessoas de outros lugares porque as igrejas locais mesmo tendo
terceirizado a preparação de seus pastores, a preparação dos seus membros e a
preparação dos seus casais, não estão dando conta de evangelizar a sua rua e o
seu bairro, assim, é preciso que venham pessoas de outros lugares, pessoas que
também, via de regra, não estão evangelizando os seus vizinhos, e que viajam
para longe para evangelizar os vizinhos dos outros.
E com tudo isso, o que se ouve falar
mesmo é de planos e mais planos, metas e mais metas, alvos e mais alvos, e que
venham mais terceirizações!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
Terceirização progressiva das responsabilidades da igreja local.
Quando começou a terceirização das
responsabilidades das igrejas batistas brasileiras?
Todos sabemos que as igrejas
primitivas doutrinavam seus membros em todas as áreas da vida cristã, preparavam
e elegiam seus pastores dentre seus próprios membros, e realizavam a
evangelização de casa em casa e nas ruas todos os dias.
As igrejas batistas procediam assim
também antigamente.
Mas chegou um momento em que as
igrejas reunidas decidiram que seria melhor terceirizar a preparação de
pastores, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para
ela.
Em seguida, chegaram à conclusão de
que deviam terceirizar também a evangelização de povos distantes, e criaram uma
instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela.
Mais tarde, alguns líderes acharam
que as igrejas locais não estavam dando conta de cuidar bem dos casais da
igreja, e que seria melhor criar instituições para cuidar só de casais, e
sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim
contribuiriam também para movimentar os negócios de transporte, turismo e
hotelaria.
Não demorou muito, e alguns
perceberam que as igrejas não estavam ensinando seus membros a evangelizar, e
criaram instituições para ensinar os crentes a evangelizar, e sugeriram que as
igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim criaram emprego para muitos
professores de evangelismo, mesmo que seus alunos não pratiquem depois o que
aprenderam com eles.
E por fim, aquela instituição que
tinha sido criada para evangelizar os povos distantes, e que tinha criado um
projeto chamado Trans para evangelizar os povos que viviam às margens da Rodovia
Transamazônica, resolveu criar Trans por todos os lados, e pressionar as igrejas
locais para que terceirizem também a evangelização dos seus vizinhos, dos
moradores da rua da igreja, dos vizinhos dos crentes, para que sejam
evangelizados por pessoas de outros lugares porque as igrejas locais mesmo tendo
terceirizado a preparação de seus pastores, a preparação dos seus membros e a
preparação dos seus casais, não estão dando conta de evangelizar a sua rua e o
seu bairro, assim, é preciso que venham pessoas de outros lugares, pessoas que
também, via de regra, não estão evangelizando os seus vizinhos, e que viajam
para longe para evangelizar os vizinhos dos outros.
E com tudo isso, o que se ouve falar
mesmo é de planos e mais planos, metas e mais metas, alvos e mais alvos, e que
venham mais terceirizações!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Terceirização do Processo de Ordenação Pastoral.
Este assunto vem ocupando meus
pensamentos faz muito tempo. Tenho que escrever para liberar minha mente. Estou
falando sobre a terceirização do processo de ordenação pastoral, e não a
terceirização do ato em si mesmo, e estou usando o termo ordenação, e não
consagração, porque é o mais agradável à alma católica dos evangélicos
brasileiros. O termo consagração tem uma conotação subjetiva. O candidato pode
ser objetivamente ordenado e não ser subjetivamente consagrado.
Os batistas adotam o princípio da
autonomia da igreja local e a forma congregacional de governo, ou seja, governo
da congregação.
É a igreja local que, através da
assembleia geral de seus membros, ordena seus pastores ou convida pastores já
ordenados.
Originalmente, quando uma
igreja queria ordenar alguém para o ministério pastoral, ela decidia em
assembleia convocar um concílio de pastores para examinar o candidato, e em
seguida, escrevia ou telefonava para os pastores para virem a seu templo em tal
dia e horário para formar o concílio e examinar o candidato. No dia marcado, com
a presença dos pastores convidados, o dirigente da igreja assumia a liderança,
dava abertura na reunião, promovia a eleição da diretoria do concílio, e em
seguida passava a direção para o presidente, que, via de regra, era o próprio
pastor da igreja, fosse ele titular ou um interino convidado especialmente pela
igreja para conduzir o processo. Quer dizer, a igreja local conduzia todo o
processo.
Atualmente, muitas igrejas estão
terceirizando parte do processo, estão abrindo mão do privilégio de elas mesmas
convidarem os pastores das igrejas co-irmãs para virem a seu templo e formarem o
concílio examinatório. Muitas igrejas estão passando esse privilégio ou para a
Associação de Igrejas da Região ou para a Subseção da Ordem dos
Pastores.
Vejo um perigo nisso. Esse
comportamento pode se tornar uma jurisprudência, e alguém poderá entender que
quem não terceirizar essa parte do processo de ordenação pastoral não está
fazendo a coisa certa. Assim, quem continuar fazendo como se fazia origialmente
será considerado errado, e quem está terceirizando pasará a ser o
certo.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
terça-feira, 9 de julho de 2013
A Presidente Dilma e a Reforma Política.
Na minha opinião, a presidente Dilma
está de fato querendo fazer a reforma política e outras reformas. Ela está
apelando para o plebiscito porque sabe que os deputados e senadores não estão
interessados em mudanças no processo eleitoral, nem para 2014, nem para ano
nenhum. Quando a vejo falando sobre as reformas, lembro-me do presidente João
Goulart em março de 1964. É a mesma emoção, é a mesma paixão. Ele também queria
fazer as reformas, especialmente a agrária, mas sabia que os deputados e
senadores não agiriam nessa direção senão sob pressão popular, pressão das ruas.
Ele tentou pressionar, tentou levar o povo para a rua, mas foi derrubado do
poder pelos militares com o apoio daqueles que tinham medo das
reformas.
Há dois pontos na reforma política
que assustam boa parte dos atuais deputados. O primeiro é o voto distrital. Se
for implantado, muitos dos atuais deputados não se reelegerão porque foram
eleitos com votos espalhados em diversas regiões dos seus estados, não
possuindo uma base territorial para concorrerem por um distrito, entre eles
estão os evangélicos e assemelhados. Todos eles preferem o sistema proporcional
e não o distrital. O segundo ponto que assusta muitos deputados e quase toda a
classe política é o financiamento público de campanha. O financiamento público
de campanha seria benéfico para os novos, para os menos favorecidos
financeiramente. Mas os atuais detentores de cargos eletivos já têm os seus
financiadores, com os quais têm os seus compromissos, querem continuar assim. É
aqui que entra o maior engodo. Os poderosos com a ajuda da mídia passam para o
povo, para a opinião pública, a ideia de que o financiamento público de
campanha é um mal. Usam o povo incauto para defender os seus interesses. O
financiamento particular de campanha é a maior fonte de corrupção, é o maior mal
do nosso sistema eleitoral, mas os que lucram com ele convencem o povo de que é
o contrário. Então o povo passa a defender o interesse dos poderosos pensando
que está defendendo o seu próprio interesse. Este é um perigo que corre também o
plebiscito, mas mesmo sabendo disso, creio na sinceridade da presidente Dilma ao
querer convocar o plebiscito para fazer a reforma política.
A alegação de muitos deputados e
senadores é de que não há templo hábil para fazer o plebiscito e aplicar suas
decisões nas eleições de 2014. Se é assim, e se eles querem de fato as reformas,
por que não as fazem, sem o plebiscito? Eles sim, têm condições de fazerem as
reformas políticas em tempo hábil para que sejam aplicadas nas eleições de 2014.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Corrupto com ficha lima, ou com ficha suja?
A visão que tenho de mim mesmo e de
toda a raça humana é que todos somos corruptos.
E entendo que é isto que está escrito na Bíblia: Todos
pecaram, não há um justo sequer.
A diferença é que há corruptos com
ficha limpa e corruptos com ficha suja.
Há corruptos que por sua força de
vontade e com a graça de Deus conseguem dominar sua corrupção.
E há corruptos também que embora não
conseguindo dominar sua corrupção, conseguem manter sua ficha limpa com
artifícios diversos.
Todos nós toleramos pequenas
corrupções quando são praticadas por nós ou em nosso favor.
Estou me lembrando de duas cenas que
presenciei.
A primeira foi quando, em determinada
localidade do Brasil, ouvi um vereador dizer para algumas pessoas que conseguia
marcar consultas e cirurgias no SUS para muita gente porque era amigo do diretor
regional e que telefonava diretamente para ele, e que de vez em quando levava um
presentinho para os funcionários. Tudo tem um preço, disse ele. Não é de
graça.
Certamente, as pessoas que eram
beneficiadas pelo eficiente trabalho daquele dinâmico vereador estavam gostando
muito, e nunca iriam dizer que ele estava praticando uma forma de
corrupção.
A segunda, presenciei, quando estava
no saguão de um hospital, e vi e ouvi um cidadão conversando com os parentes de
uma senhora que estava sendo internada, e dizia o seguinte: Fiquem tranquilos,
eu sou muito amigo do diretor, e já telefonei para ele, e ele me disse que
vai pedir aos médicos para cuidar muito bem dela.
Certamente, os familiares daquela
senhora ficaram muito alegres, e agradecidos a aquele prestativo
cidadão.
Mas eu fiquei pensando, e perguntando
a mim mesmo, e como será o tratamento de quem não tem um amigo que é
amigo diretor?
Não quero acusar ninguém, escrevi os
fatos acima para demonstrar que somos todos corruptos, e que fazemos vistas
grossas quando a corrupção é praticada por nós ou em nosso favor.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
O Relógio de Ponto de Tapiraí, SP.
Não sei o motivo pelo qual o Relógio de Ponto de alguns funcionários da Prefeitura de Tapiraí, SP, fica no extremo leste da cidade.
Não me parece razoável, mas a administração municipal deve ter alguma razão para isso.
Qual será a razão para tal procedimento?
Mas fica difícil de entender, por exemplo, o fato de um funcionário morar no extremo oeste da cidade, trabalhar no centro e ir bater o ponto no extremo leste.
De manhã, ele sai da casa dele no extremo oeste da cidade, passa pelo centro, vai assinar o ponto no extremo leste e volta para trabalhar no centro.
De tarde, depois do expediente, ele faz o caminho inverso, sai do centro da cidade, vai assinar o ponto no extremo leste e volta para sua casa no extremo oeste, passando pelo centro novamente.
Será que tem de ser assim, ou poderia ser diferente?
Respeitosamente.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
Não me parece razoável, mas a administração municipal deve ter alguma razão para isso.
Qual será a razão para tal procedimento?
Mas fica difícil de entender, por exemplo, o fato de um funcionário morar no extremo oeste da cidade, trabalhar no centro e ir bater o ponto no extremo leste.
De manhã, ele sai da casa dele no extremo oeste da cidade, passa pelo centro, vai assinar o ponto no extremo leste e volta para trabalhar no centro.
De tarde, depois do expediente, ele faz o caminho inverso, sai do centro da cidade, vai assinar o ponto no extremo leste e volta para sua casa no extremo oeste, passando pelo centro novamente.
Será que tem de ser assim, ou poderia ser diferente?
Respeitosamente.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
É bom para quem?
Ontem, 09/06/2013, domingo, às 20:30
horas, depois do culto na Igreja Batista de Tapiraí, dei uma volta de carro em
torno da Praça da Rodoviária.
Vi alguns artistas no coreto cantando
para umas poucas pessoas que estavam na praça, enquanto a maioria do povo da
cidade, com certeza, estava reunida nas igrejas cultuando a Deus.
Por isso, resolvi fazer a pergunta
que está no título desta mensagem:
É bom para quem?
É bom para quem, promover atividades
artísticas e culturais na praça da cidade usando serviço de som alto no mesmo
horário em que que as igrejas estão realizando os seus cultos, sabendo de
antemão que o som da praça chega a todos os templos da cidade?
É bom para quem, ouvir ao mesmo tempo
o som dos hinos cantados nas igrejas e o som das músicas da praça?
É bom para as igrejas?
É bom para os artistas?
É bom para a administração
municipal?
É bom para quem?
Se é bom para todos, prossigamos
assim.
Se não é bom para todos, por que não
fazer diferente?
Abraços a todos!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Será verdade?
No meu modo de entender, o fato de termos hoje a
Bíblia escrita e traduzida para diversos idiomas tem levado alguns a limitarem a
ação de Deus através de outros meios.
Foi pensando nisso que resolvi escrever algumas
pergunas:
Será verdade que Deus não fala mais através dos
anjos porque a revelação está completa na Bíblia?
Será verdade que Deus não fala mais através de
profetas atuais porque a revelação está completa na Bíblia?
Será verdade que Deus não fala mais através dos
sonhos porque a revelação está completa na Bíblia?
Será verdade que Deus não concede mais os dons de
curar porque agora a ciência está muito avançada?
Será verdade que o "pregar, ensinar e curar" de
Jesus é a mesma coisa que evangelizar, abrir escolas e hospitais?
Será verdade que Deus mudou os seus métodos de agir
porque a revelação está completa na Bíblia?
Abraços a todos.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
Assinar:
Postagens (Atom)