Hoje, fiquei irritado no culto doméstico.
Adotamos o costume de cantar os hinos do Cantor Cristão durante culto doméstico seguindo a ordem numérica, do 1 ao 581, já percorremos essa estrada diversas vezes. Não sabemos a música de todos, por isso pulamos alguns.
Mas, qual a causa da minha irritação hoje?
Hoje, chegamos ao hino 39, a ovelha perdida.
Desde que fizeram a revisão literária nos hinos do Cantor Cristão, eu fico irritado todas vezes que canto o hino 39.
Não aguento a expressão "noventa e nove ovelhas vão seguras no curral".
Como vão, se estão seguras no curral?
A letra original dizia, "noventa e nove ovelhas há seguras no curral".
Expressava exatamente o que o autor, certamente uma pessoa familiarizada com a zona rural, queria dizer.
Mas os "sábios" da cidade, que provavelmente nunca viram uma ovelha, violentaram a expressão do autor.
Se tivessem mudado para "noventa e nove ovelhas estão seguras no curral", eu concordaria, mas obrigar ovelhas presas a caminhar é uma violência não só contra as ovelhas mas contra a gramática também.
Quando eu era criança no Estado da Bahia, eu ia buscar as ovelhas no pasto todos os dias à tarde para trazê-las para o curral ou "chiqueiro das ovelhas", como a gente dizia lá, para que elas pudessem dormir com segurança, paradas, deitadas.
Por isso, a expressão "noventa e nove ovelhas vão seguras no curral" me deixa irritado.
No curral, elas não vão, elas ficam, elas estão.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
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