Eu era pastor em uma
cidade onde o povo tinha o costume de jogar água uns nos outros
durante o carnaval.
Eram os dias do
carnaval. Eu estava na sala de minha casa, a casa pastoral, junto com meus
filhos e um garoto, filho de uma senhora, membro da igreja, que morava ao lado.
De repente, aparece na
frente da casa a empregada da referida senhora e grita para o menino:
- Vamos jogar água no
povo na rua!
O menino olhou para mim,
e eu disse a ele, fala com ela que você é crente. Ele respondeu bem alto:
- Sou crente!
Em seguida, ela tornou a
gritar lá da rua repetindo o convite.
O menino olhou para mim,
e eu disse para ele dizer a mesma coisa.
Ele respondeu novamente,
com voz mais baixa:
- Sou crente!
A moça repetiu o convite
pela terceira vez.
O garoto olhou para mim,
e antes que eu dissesse qualquer coisa, ele disse com voz forte:
- Vamos!
Pensei, a força da tentação repetida é muito grande!
Adriano Pereira de
Oliveira, Tapiraí, SP.
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