Quando começou a terceirização do trabalho das igrejas batistas brasileiras?
Todos sabemos que as igrejas primitivas doutrinavam seus membros em todas as áreas da vida cristã, preparavam e elegiam seus pastores dentre seus próprios membros, e realizavam a evangelização de casa em casa e nas ruas todos os dias.
As igrejas batistas procediam assim também antigamente.
Mas chegou um momento em que as igrejas reunidas decidiram que seria melhor terceirizar a preparação de pastores, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela.
Em seguida, chegaram à conclusão de que deviam terceirizar também a evangelização de povos distantes, e criaram uma instituição para isso e passaram a responsabilidade para ela.
Mais tarde, alguns líderes acharam que as igrejas locais não estavam dando conta de cuidar bem dos casais da igreja, e que seria melhor criar instituições para cuidar só de casais, e sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim contribuiriam também para movimentar os negócios de transporte, turismo e hotelaria.
Não demorou muito, e alguns perceberam que as igrejas não estavam ensinando seus membros a evangelizar, e criaram instituições para ensinar os crentes a evangelizar, e sugeriram que as igrejas terceirizassem também esse serviço, e assim criaram emprego para muitos professores de evangelismo, mesmo que seus alunos não pratiquem depois o que aprenderam com eles.
E por fim, aquela instituição que tinha sido criada para evangelizar os povos distantes, e que tinha criado um projeto chamado Trans para evangelizar os povos que viviam às margens da Rodovia Transamazônica, resolveu criar Trans por todos os lados, e pressionar as igrejas locais para que terceirizem também a evangelização dos seus vizinhos, dos moradores da rua da igreja, dos vizinhos dos crentes, para que sejam evangelizados por pessoas de outros lugares porque as igrejas locais mesmo tendo terceirizado a preparação de seus pastores, a preparação dos seus membros e a preparação dos seus casais, não estão dando conta de evangelizar a sua rua e o seu bairro, assim, é preciso que venham pessoas de outros lugares, pessoas que também, via de regra, não estão evangelizando os seus vizinhos, e que viajam para longe para evangelizar os vizinhos dos outros.
E com tudo isso, o que se ouve falar mesmo é de planos e mais planos, metas e mais metas, alvos e mais alvos, e que venham mais terceirizações!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.
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