Carlos, filho do missionário
norte-americano, Pastor Paulo Stouffer, era um jovem muito bem
humorado.
Certa ocasião, quando eu era pastor
em Ponta Porã, MS, o Pastor Paulo Stouffer, levando um grupo de jovens de Campo
Grande para realizar um trabalho evangelístico no Paraguay, passou em minha
casa. Carlos estava junto. Eu acompanhei o grupo até o Consulado do Paraguay em
Ponta Porã para providenciar a documentação. Foi tudo muito simples para os
brasileiros, inclusive para o Carlos que também era brasileiro. Mas quando
chegou a vez do Pastor Paulo Stouffer, já não foi tão simples porque ele não era
brasileiro. Carlos olhou para ele e, em tom de brincadeira, disse:
- Se você fosse brasileiro seria tudo
mais fácil!
Ano 1982, Campo Grande, MS, fim do
regime militar, a campanha para a primeira eleição direta para governador do
estado está nas ruas. Dr. Wilson Barbosa Martins, do PMDB, é o candidato
favorito. Num domingo à noite, o Pastor Paulo Stouffer percebe que Carlos não
está presente no culto na Igreja Batista, da qual ele era membro. Em casa,
depois do culto acontece o seguinte diálogo entre o pai e o filho:
- Carlos, meu filho, eu não vi você
no culto esta noite.
- Eu estava no comício do
PMDB.
- Você acha que é certo um crente
deixar de ir ao culto para ir a um comício?
- O presidente da Convenção estava lá
também.
Assunto encerrado. O presidente da Convenção Batista Sul-mato-grossense era o
pastor Adriano Pereira de Oliveira que era candidato a deputado estadual pelo
PMDB naquele ano, e tinha ido de Ponta Porã até Campo Grande para participar
daquele grande comício.
Carlos, meu amigo, onde está você? No
próximo ano, serei candidato a deputado estadual novamente, se Deus permitir.
Desta vez, será em São Paulo.
Fraterno abraço!
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí,
SP.
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